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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Sem pressa...



Às vezes deixamos que os pensamentos nos atropelem. Tiramos conclusões precipitadas e não somos capazes de esperar. Porque o coração tem pressa para viver. Porque os ponteiros do relógio não param e a vida urge.
Procuramos respostas nas entrelinhas, procuramos encontros nos silêncios que, nem sempre, somos capazes de decifrar. E dizemos coisas que não queremos,que não sentimos e esperamos apenas que do outro lado nos entendam.
E a única coisa que queremos é continuar a sentir coisas bonitas, sem sermos mal interpretados e sem fazermos julgamentos. Falar abertamente e dizer o que vai cá dentro. Ouvir o coração do outro. Deixar que o outro se abra espontâneamente. Deixar que o outro consiga confiar, mesmo que devagar, mas deixar. Que nos permitam abrir portas que estavam fechadas. Que não nos tirem a vontade de sentir. 
Que haja a maturidade de dar e receber na mesma proporção.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Essa sou eu!


Não sou o tipo de pessoa que chega e te abraça ou te recebe calorosamente... nem sou o tipo de pessoa que destila mel só porque sim.
Mas sou o tipo de pessoa que te dá um abraço de perder um fôlego quando a circunstância assim o pedir... e sou a mesma pessoa que não tem problemas com as palavras, seja para te mandar foder ou dizer o quanto te gosto.
Não sou o que não sinto. 
Para o bem e para o mal... 
Sou exactamente a pessoa que fizeres por merecer!

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Que se lixe...



Já ninguém quer saber de entender o outro. Já ninguém larga o seu umbigo para ver o do outro. É mais fácil fugir. É mais fácil mergulhar nos mal entendidos e deixar assim.
Já ninguém pensa em como o outro se sente, já ninguém tenta resolver nada. As pessoas entram e saem da vida umas das outras à mesma velocidade de um relâmpago... 
Ninguém está para se incomodar, para preservar o que podia transformar-se em algo bonito. As pessoas preferem fechar-se nas suas dores, achando que são maiores do que as dos outros. Responsabilizam os outros por isso. Estão tão rasgadas por dentro que não há nada que te deixem fazer. Preferem viver assim. A deixar ir. A perder. A descartar. Ao invés de ouvir, de entender, de permitir que quem está à volta possa trazer esperança, compreensão e alguns abraços.
Mergulham nos seus medos de tal forma que todas as suas barreiras estão demasiado elevadas, todas as suas frentes estão ao ataque, todas as defesas em alerta. E não conseguem entender que as pessoas apenas lhes querem bem, apenas gostam e pronto... Mas não conseguem ver isso. Preferem julgar, preferem criar versões erradas dos outros, quando o problema... Está com elas.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Não é errado dizermos não..

 
Pelo contrário. 
Não é errado dizermos que não queremos, que não gostamos, que não há interesse. Errado é alimentar expectativas nas outras pessoas, em corações alheios, sem ter a intenção de ficar.
Errado é dizermos precisamente coisas que não sentimos por causa de uns momentos de prazer, para alimentar o ego. Errado é despertar paixões, muitas vezes em cima de feridas que não temos intenção de sarar.
Errado é inventar desculpas para não estar com o outro, enquanto o outro se pergunta o que terá feito. Errado é incendiar amor onde não há espaço para amar.
Errado é fazer promessas que nunca houve intenção de cumprir. Errado é dizer que se fica, quando a vontade foi sempre de partir.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

O amor não morre de repente...



 Pelo contrário, morre lentamente. Nas coisas que não dizemos, nos cuidados que deixamos de ter.
Morre nos silêncios da acomodação, acaba-se nos espaços vazios que nos esquecemos de preencher. Morre nas mentiras confundidas com verdades e não sobrevive às lutas de ego. Morre nos pedaços de orgulho que deixamos por aí à solta, morre na falta de interesse que demonstramos pelo outro. O amor desaparece na falta de diálogo e em todo o lado onde não cabe a compreensão. Morre nas pequenas coisas do dia a dia, numa simples falta de "bom dia" ou quando nos esquecemos de dar e passamos só a cobrar...
O amor morre nas palavras que deixamos sufocadas na garganta com receio do que o outro vai pensar. Deteriora-se quando a companhia do outro traz mais desassossego do que calma.
O amor morre todos os dias um pouco quando os corpos já não se fundem e as almas já não encaixam.