... Quando me perguntam se dou conta de tudo…
Claro que NÃO dou!
Selecciono prioridades, foco no que dá para fazer, o resto?
Bem… O resto vai para baixo do “tapete”.
A cada novo dia, levanto um pouco do “tapete”, retiro algumas
coisas e escondo outras.
Se hoje o jantar são sobras, amanhã um jantar fresquinho é
missão número um.
O meu” tapete” nunca fica vazio… jamais!
Aliás, dias há, em que o dito “tapete” está tão cheio que se
fosse visível pareceria o monte Evereste. Zango-me com o mundo, choro, sinto-me
a mais desequilibrada das mulheres, mas espero pelo dia seguinte e tudo passa.
Acordo cheia de amor-próprio, dou risadas, ignoro o “tapete” e saio bela e
formosa.
Outros dias há, em que me torno uma revolucionária, viro o “tapete”
ao contrário com uma força que não sei de onde veio (provavelmente do bolo de
chocolate que comi há duas noites) e lá vou eu tentar colocar tudo em dia.
E
não é que quase consigo?... Quase…
E é assim…
A minha vida é um eterno varre, esconde, esvazia… para não
enlouquecer.
Por trás disto tudo, existe uma mulher comum, com vontade de
emagrecer 3 kgs (ahh pois é)
Com dias bons do género:
A vida é bela, podia ter 7 filhos, viver numa casinha branca com quintal
e ser feliz para sempre.
Ou com dias maus, tipo: quem sou eu, onde estou, quem são
estas pessoas?
O denominador comum? O amor… ah o amor que nunca desistimos
de procurar, que quando aparece vira o jogo, e o nosso coração explode de
gratidão… até mesmo pelo tapete XL.