Não sou heroína, não sou exemplo, não sou lição para ninguém. Sou só carne, osso e uns quantos traumas que fui aprendendo a usar como armadura. A verdade é que a vida não me fez mais forte. Fez-me resistente. Que não é bem a mesma coisa.
Força é quando tu escolhes lutar. Resistência é quando continuas porque não há outra hipótese.
E eu continuo.
Não porque sou mais corajosa, mas porque sei o que me espera se parar. Já vi o fundo de mim. Já estive no escuro onde a cabeça grita e o corpo fica mudo. Já me despedi mentalmente de tudo o que tinha e mesmo assim, no último segundo, houve qualquer coisa, mínima, miserável, a dizer: "Ainda não".
Não sei se é fé, se é teimosia, se é o instinto de sobrevivência animal. Mas existe. E, foda-se, é mais forte do que eu.
A vida ensinou-me a deixar cair quem pesa mais do que ajuda. A escolher os silêncios em vez das discussões estéreis. A aceitar que há dores que ninguém vai perceber e que nem vale a pena explicar. Que não há diploma para quem aguenta. Que não há prémio no fim, nem um aplauso no último acto.
Mas também me ensinou que o simples facto de acordar no meio do caos já é uma pequena vitória. Que há beleza em sobreviver. Mesmo de olhos vazios, mesmo sem poesia, mesmo sem esperança. Sobreviver é a forma mais pura de desafio.
E enquanto eu respirar, eu vou. Nem sempre bem. Nem sempre certa. Mas vou. Porque o inferno que me espera se desistir é muito pior do que qualquer merda que eu tenha de atravessar.
Por isso, não me venham com merdas de positividade barata, de clichês de almofada, de frases feitas. Guardem isso para quem lê Gustavo Santos.
Eu sigo. Na raça. No instinto. Na verdade crua. E às vezes, na puta da raiva. Porque, no fim, é isso que me faz humana. E eu não troco isso por nada.
sexta-feira, 16 de maio de 2025
Desabafos...
terça-feira, 13 de maio de 2025
O relógio marca a hora...o calendário marca a data...o coração marca o ritmo... só a morte chega sem avisar!
Vivemos quase como se fossemos imortais... só o vizinho morre, o pai daquele teu amigo, a prima da tua namorada... e deixamos tudo para amanhã!
Principalmente, aquelas palavras presas na garganta que teimam em sufocar.
Amanhã, podes não ouvir o despertador, podes já nem ter que ir trabalhar, podes deixar de ver os teus filhos crescer, podes perder um grande amor... pode tanta coisa acontecer...que tu podes já cá não estar para ver!
E agora?
Estás a viver ou a sobreviver? Já pediste desculpa? Já disseste obrigado? Já disseste a todas as pessoas de quem gostas, o quanto gostas?
Estás a viver os teus sonhos? Ou estás só tomado pelo medo?
A vida não espera e quando perceberes... já passou!
E a mim?
Se acordares amanhã, o que me dirias?
Já que não tiveste coragem de o dizer hoje...
terça-feira, 6 de maio de 2025
Dicas...
Podes invadir o meu espaço, ou até podes chegar delicadamente, mas não tão devagar que me faças dormir.
Nunca grites comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.
Normalmente acordo de bom humor, mas deixa-me ao menos escovar os dentes...
Nunca grites comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.
Normalmente acordo de bom humor, mas deixa-me ao menos escovar os dentes...
Toca-me nos cabelos e mente-me sobre a minha estrondosa beleza.
Espero que tenhas vida própria, e que me faças sentir saudades.
Faz-me rir, mas não me contes piadas preconceituosas, detesto!
Espero que viajes muito antes de me conhecer, que já tenhas sofrido, para reconheceres em mim um porto de abrigo.
Acredita nas verdades que digo, e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Se eu estiver triste respeita o meu choro, volta só quando eu te chamar, e não me obedeças sempre, ás vezes gosto de ser contrariada.
Espero que tenhas vida própria, e que me faças sentir saudades.
Faz-me rir, mas não me contes piadas preconceituosas, detesto!
Espero que viajes muito antes de me conhecer, que já tenhas sofrido, para reconheceres em mim um porto de abrigo.
Acredita nas verdades que digo, e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Se eu estiver triste respeita o meu choro, volta só quando eu te chamar, e não me obedeças sempre, ás vezes gosto de ser contrariada.
(Então fica comigo quando eu chorar, combinado?)
Espero que sejas mais forte que eu e menos altruísta!
Não te vistas sempre bem, gosto de camisas por fora das calças, gosto de ver braços, pernas e pescoço a descoberto.
Espero que gostes de ler e escolhas os teus próprios livros, que ames a noite sem te escravizares nela.
Não quero que sejas meu pai, nem meu filho, escolhe um papel para ti que ainda não tenha sido preenchido.
Enlouquece-me nem que seja uma vez por mês.
Que gostes de música e de sexo.
Não inventes de ter filhos, de me levar à missa, ou de me apresentar a toda a gente... veremos depois.
Deixa-me conduzir o teu carro que tanto gostas, quero ver-te nervoso, inquieto...
Olha para as mulheres bonitas, sai com os teus amigos, façam e digam disparates juntos.
Não me contes os teus segredos, faz-me massagens nas costas... não fumes, não bebas em excesso.
Chora quando tiveres vontade, prometo secar-te as lágrimas.
Mas se nada disto funcionar... experimenta amar-me!
Espero que sejas mais forte que eu e menos altruísta!
Não te vistas sempre bem, gosto de camisas por fora das calças, gosto de ver braços, pernas e pescoço a descoberto.
Espero que gostes de ler e escolhas os teus próprios livros, que ames a noite sem te escravizares nela.
Não quero que sejas meu pai, nem meu filho, escolhe um papel para ti que ainda não tenha sido preenchido.
Enlouquece-me nem que seja uma vez por mês.
Que gostes de música e de sexo.
Não inventes de ter filhos, de me levar à missa, ou de me apresentar a toda a gente... veremos depois.
Deixa-me conduzir o teu carro que tanto gostas, quero ver-te nervoso, inquieto...
Olha para as mulheres bonitas, sai com os teus amigos, façam e digam disparates juntos.
Não me contes os teus segredos, faz-me massagens nas costas... não fumes, não bebas em excesso.
Chora quando tiveres vontade, prometo secar-te as lágrimas.
Mas se nada disto funcionar... experimenta amar-me!
segunda-feira, 28 de abril de 2025
Talvez eu queira que ele saiba que eu tenho medo.
Gosto da forma como ele me contraria.
Gosto e ele não sabe que eu gosto.
E eu contrario-o e ele surpreende-me.
Às vezes tenho medo, mas ele não sabe.
Habituei-me a ser selvagem.
Os selvagens não têm medo, pois não?
Sabem defender-se.
E eu defendo-me atacando.
Assim ninguém sabe que tenho medo e fogem antes de
perceberem.
Eu não quero que ele fuja.
E não quero que ele me deixe fugir.
Talvez eu queira que ele saiba que tenho medo.
Às vezes não lhe digo o que sinto para não me sentir nua.
Não estou habituada a sentir-me nua por dentro… fico com
frio na alma.
Será que também isso é medo?
E tento esconder-me sorrateiramente atrás da minha muralha,
mas ele sabe onde me escondo… e mima-me sem reservas… e contraria-me mais uma
vez deitando-se sobre o muro que construi em mim e retirando pedra por pedra…
pacientemente… apaixonadamente… é assim que ele me trata… contrariando a única
forma de vida que conheço… o meu modo de sobrevivência…
Às vezes eu tenho medo, mas ele não sabe.
Talvez eu queira que ele saiba.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Paris...
Da minha janela eternizei parte da minha vida... Paris para sempre!
Cada vez que volto a "casa" é como se abrisse a janela da minha infância e tivesse do dom de voltar no tempo...
Aqui fui feliz, nesta rua... estas árvores contam histórias de mim que mais ninguém conhece...
Mas a vida é feita do presente, do passado já ninguém quer saber... por isso é sempre bom voltar a Paris, mas é sempre melhor regressar a Portugal.
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Fui teu tudo…, mas tu foste meu nada.
Dei-te o meu corpo, a minha alma, o meu sorriso e o meu
abrigo.
Tu retribuíste com silencio, desprezo e mentiras.
Enquanto eu sonhava com o nosso futuro, tu vivias
enganando-me.
Enquanto eu lutava por nós, tu lutavas contra mim.
Nem sei quantas vezes silenciei a minha dor só para não te
perder.
Quantas vezes engoli o meu orgulho só para que ficasses
comigo.
Mas tu já tinhas partido… só o teu corpo estava presente.
Porque a tua mente vagava em outras camas, outros corpos,
outras histórias…
Fui intensa quando devia ser cautelosa…
Fui farol para quem nem sombra merecia.
Fui luz para a tua escuridão, mas tu apagaste a minha chama.
Hoje não te quero de volta!
Nem com pedidos, nem com lágrimas, nem com promessas recicladas.
Perdeste-me naquele dia… sabes?
Aquele em que fizeste do meu
amor um capacho.
No dia em que o meu choro se converteu em música de fundo
para o teu descaso.
Não sou mais o teu porto seguro nem a tua última opção.
Não me procures no teu desespero, porque já me perdi de ti.
Hoje sinto-me inteira. Sem rachaduras tuas.
E se a saudade bater à minha porta, deixo-a ficar do lado de
fora.
Porque a minha casa agora é só para quem sabe amar… e tu não
sabes!
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Coisas minhas...
Quando me perguntam como estou, a minha resposta é sempre.
"BEM"
É mais fácil do que explicar a tempestade que existe dentro de mim.
Quando me perguntam: o que tens? a resposta é
É mais fácil do que explicar a tempestade que existe dentro de mim.
Quando me perguntam: o que tens? a resposta é
"NADA"
Porque explicar o que sinto torna a dor mais real.
Quando me perguntam se preciso de algo...
A resposta é sempre:
Porque explicar o que sinto torna a dor mais real.
Quando me perguntam se preciso de algo...
A resposta é sempre:
"NÃO"
Porque admitir que preciso de alguma coisa faz-me lembrar o quanto só eu me sinto.
Porque às vezes o silêncio é mais confortável que a verdade.
Às vezes é mais fácil fingir que está tudo bem do que tentar explicar o que nem eu entendo.
Não sei quando aprendi a fingir tao bem...
Porque admitir que preciso de alguma coisa faz-me lembrar o quanto só eu me sinto.
Porque às vezes o silêncio é mais confortável que a verdade.
Às vezes é mais fácil fingir que está tudo bem do que tentar explicar o que nem eu entendo.
Não sei quando aprendi a fingir tao bem...
Mas... sinceramente, queria esquecer como isso se faz.
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