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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Tenho saudades tuas...


És a vontade de voltar a ver. 
De voltar a sentir. 
De reviver o toque. 
De cheirar de novo.
Tens o gosto de tudo pela primeira vez, e é contigo que imagino todas as primeiras vezes. 
Dançar na chuva, sendo que eu nem sei dançar. 
Atirar-me para o sofá, onde tu me esperas e escolhermos um filme que nenhum de nós quer ver. 
Andar de patins no meio da cidade como dois miúdos. 
Ver o pôr do sol numa qualquer praia e deixar o teu nome escrito na areia...
Pergunto-me a todo o momento como tu estarás... 
Se estarás bem agasalhado, se a constipação já se curou, se correu bem o teu dia de trabalho...
Tenho saudades das memórias que eu inventei na minha cabeça. 
De lugares bonitos onde me levaste. 
Tenho saudades das conversas que nunca tivemos, mas que, eu imaginei cada palavra que sairia das nossas bocas. 
Tenho saudades das histórias que sonhei e de horas e horas de mãos dadas em silêncio. 
Tenho saudades de um futuro que nunca vai chegar. 
Tenho saudades de tudo o que não cheguei a viver contigo.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Ela não é fria, apenas não se deixa aquecer com qualquer um. 
Ela não é inacessível, apenas se protege. 
Ela não é antipática, apenas aprendeu a resguardar-se.
Ninguém lhe disse como o mundo e as pessoas podiam ser cruéis. 
Ninguém a avisou que a vida lhe daria tanta chapada que ela teria de se recompor, a bem ou a mal.
Ela não é distante ou indiferente. 
Ela não é vazia! 
Ah! Se as pessoas soubessem o turbilhão de emoções que giram dentro dela. Ela só não demonstra. 
Demora para abrir o coração, demora para confiar. 
Tem uma tendência quase automática para ser rude. 
Para manter as pessoas no lugar delas. 
Para nem deixar chegar perto. 
Se é certo? 
Provavelmente, não! 
Se é cautela? 
Com toda a certeza que sim!
É-lhe difícil não criar barreiras, não erguer os mais altos muros... 
Mas, por mais que se proteja, a vida passa por ela. 
As pessoas também. 
Mas o medo de a deixarem para trás é tanto, que ela já antecipa o final, que só ela criou, e afasta todo o mundo.
Ficaram-lhe poucos! 
Ficaram os que a escolheram e os que ela escolheu também. 
Ficaram apenas os que a que conhecem do avesso e da frente para trás. Ficaram apenas, os que viram para além do óbvio. 
Ficaram os que a viram com o coração! 
Porque o coração dela é...como o de poucos!

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Difícil definir esse jeito particular de ser...



 Ela é assim... Indescritível!
Metade mulher, metade miúda. 
Cheia de sonhos a combater a realidade. 
Metade dela ficou no baloiço da infância, a outra metade leva para o trabalho.
Tem tanto de louca como de sensível. 
Às vezes coração doce, às vezes cruel. 
Metade dela é caos, a outra metade é luz. 
Pode ser guerra e pode ser paz. 
Pode ser tempestade ou o sol da manhã.
Ela é assim... 
Com um coração que explode ao pé da boca... 
Seja pela doçura ou pela acidez. 
Metade dela quer gente à volta, a outra metade pede silêncio. 
Metade dela é delicadeza, a outra metade, os espinhos.
Ela é um poema que ainda ninguém escreveu. 
Um verso rabiscado, um esboço desalinhado. 
Ela é daquelas que demoras para entender. 
Metade dela é o que tu achas que ela é, a outra metade é o que poucos lhe conhecem. 
Metade dela são cicatrizes, outra metade são sorrisos.
Metade dela é o que a vida lhe fez ... 
A outra metade é o que ela faz da vida.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Não sou mulher de “um amor e uma cabana”...



..mas não vivo em “cabanas sem amor”. 
Há artes que me aquecem o coração mas é essencialmente por uma que ele bate. 
Tenho uma sede de viver que me rege e que apenas se sacia com objectivos e sonhos. 
E é assim, cheia de amor, arte e vida que (me) escrevo, que (me) leio e que (me) ouço. 
No fim só tenho um único pedido… 
'Save the last dance for me!'