Consegues
fazer-me um bocadinho mais feliz... Igual a uma criança que encontra
uma poça e quer pular para dentro de água e molhar-se como se não
houvesse amanhã. Fazes com que os filmes do cinema se tornem
aborrecidos em comparação com a aventura que é ter-te nos meus dias.
Enervas-me
de um jeito que me divide entre o querer rir e o querer bater-te. Há
alturas em que te "odeio" exactamente na mesma proporção do quanto te
gosto.
Admiro a tua paciência e imagino que não devem haver chás de
camomila que te salvem depois me ouvires. Gabo-te a honestidade
com que dizes as coisas, pela transparência sem floreados.
Adoro o teu sentido de humor que, não é melhor do que o meu, mas me acompanha no ritmo certo para que tudo se torne mais leve.
Não
gosto de tudo em ti, mas não mudaria nada. Isso seria tirar-te da tua
essência e fazer-te à medida de ideias pré-concebidas. E esse é o teu
encanto. E o mais bonito de tudo, é esta presença sem dependência, esta
vontade genuína que não prende e não agarra. É o tanto que temos em
comum e o tão parecidos que somos que nos une e nos afasta na mesma
medida. Toda a nossa forma de estar é uma contradição... Somos o avesso
um do outro e a simbiose perfeita. Somos a química, a atracção e o desejo
embutidos em corpos e mentes despojadas de rótulos. E se, amanhã a
roleta russa da vida nos tirar dos trilhos um do outro... Já valeu tanto
a pena. Porque gente como tu e eu, encontram-se apenas uma vez na vida.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Coisas minhas que ninguém entende...
Já
fiz mil rascunhos hoje. Escrevi-te e apaguei-me vezes sem conta. Fiz
esboços mentais de tanta coisa que me apetecia dizer-te, ao mesmo tempo,
que não queria dizer-te nada. Tive saudades e não tive. Tive saudades
tuas, mas também tenho minhas. Escrevi frases longas cheias de
intenções, para a seguir deixar a página em branco. Difícil gerir esta
ambiguidade de emoções ou da falta delas. De querer tudo e não querer
nada. De ter tanto para dizer e nada apetecer falar... De sentir a
falta, mas conviver bem com isso. De me seres importante, mas de me
querer mais a mim.
Hoje, foi um dia de vazio de ti e preenchido de
mim. De silêncio absoluto, comigo e com as minhas complicações que, de
repente, parecem descomplicadas. Foi dia de arrumar algumas gavetas, de
organizar em caixas o que estava fora do lugar, de fazer retrospectiva,
de me ver... De me colocar nos dois lados da moeda, de me sentir na tua
pele, sem largar a minha...
Hoje percebi que nunca foi sobre mim... E tudo bem.