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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Pessoas...


 

As pessoas mostram -nos sempre qual é o lugar que ocupamos nas suas vidas. Mostram com palavras, mas principalmente com acções. 
A prioridade que te dão fica por conta das vezes que (não) te procuram. 
Nas desculpas esfarrapadas que se perdem no ridículo. 
Nas coisas que fazem nas tuas costas quando acham que ninguém está a ver. 
Nos interesses colocados acima dos valores. 
Nos silêncios que ocultam o que já desvendamos há muito. 
As pessoas dão sinais. 
Sempre. 
E nem sempre são claros em primeira instância ou nem sempre queremos ver. Mas estão lá. 
E, como em tudo na vida, vai doer, mas também vai passar.
Eu já não pergunto o porquê. 
Já não peço justificações. 
Porque nada do que possa ser dito vai atenuar a acção. 
Porque, ainda assim, na maioria das vezes, as pessoas escolhem sempre o caminho da desonestidade. 
Da falta de princípios. 
Então não me permito perder tempo a ser enganada de novo. 
Primeiro assisto. 
Depois tomo notas. 
E depois afasto-me. 
A minha sanidade mental depende disso. 
De tirar de perto de mim tudo o que não me acrescenta. 
De saber que nem toda a gente vale tanto e de que eu não mereço tão pouco.
Nunca conhecemos verdadeiramente as pessoas. 
E, quem dorme connosco na cama, quem come connosco na mesa, são por norma, os primeiros a puxar o tapete. 
E se não tens certezas, mas ainda assim duvidas, sai. 
Em silêncio. 
Porque a dúvida é tudo aquilo que é semeado onde falta verdade. 
E onde há verdade, não há dúvida.