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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Nem sei que titulo dar a isto... devaneio ou profecia?



Existe qualquer coisa de enigmático que se esconde por detrás da falsa indiferença que ambos fazem questão de mostrar. 
Talvez no indizível dos pensamentos...
Fazem uma espécie de jogo de sedução, mortalmente perigoso e cuja única regra se impõe pelo silêncio que a rege e algo me diz que nenhum dos dois se atreverá a quebra-la, jamais!
Quando forem obrigados a permanecer frente a frente, sem terem para onde fugir, não terão outro remédio que não seja o de arriscar no jogo que servirá também para testar as suas resistências. 
Por isso, serão jogadores mudos até ao resto da vida, cientes de que nada mais haverá para ganhar, do que aquele momento tão desejado, além daquilo que todos os dias irão perdendo e que já conta desde o início, logo após o fim...
Será que terão coragem de trocar a amizade saudável que têm por uma leviandade, por um capricho, por um impulso, por uma paixão... e se algum dia ganharem, certamente que um dia o peso da perda será sempre maior do que o do ganho.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A insónia dá nisto...



Somos simpaticamente falsos, hipocritamente simpáticos e convivemos assim tão fácil que até enjoa.

Somos felizes na inocência de um elogio falso, somos felizes num cenário que os outros criam para nós e que nos tratam de forma "queridinha".

Somos apunhalados pelas costas com uma "faquinha" que nem sabemos de onde vem mas que encaramos de forma quase natural.

Somos enganados por diminutivos que nos alimentam o ego e nos elevam a estima mas, na verdade não somos ninguém...

Agora pensem...

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Olhando para trás...





Hoje olho-te com a indiferença de um passado distante,
Já não sinto aquele aperto imenso dentro do peito,
Já não sinto o coração a bater descompassadamente,
Já não baixo o olhar, limito-me a seguir adiante,
Já não sinto mágoa, nem dor nem sequer despeito,
Já não sinto tristeza nem choro como antigamente.
Hoje olho-te à distância de um amor imenso
Que foi sem nunca ter sido mais que uma ilusão.
Hoje olho-te à distância e com um sorriso penso
Que és de todas a minha mais doce recordação.
Hoje olho-te à distância e não consigo evitar a saudade
Que a tua simples presença trás à minha memória.
Hoje olho-te à distância e sinto uma verdade imensa
Que me diz que és sem ter sido a minha melhor história!

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Solidão versus solitária..





Sempre tive muito medo de estar sozinha, ficar sozinha, de ser sozinha…
Mas ao longo da vida descobri que a solidão é um estado de espírito, e do que eu tinha realmente medo era de perder as pessoas que amo. Só mais tarde descobri que me podia perder também, e que a vida é um círculo vicioso, mais dia, menos dia eu vou inevitavelmente esbarrar com a tão temida solidão.
Sempre fui a favor de muitos amigos, muitos lugares, muitos livros, muitas músicas, família grande, telefones tocando, de mil coisas para fazer, de fazer girar o mundo, no fundo tinha medo de me sentir sozinha, não falo de estar sozinha, isso por vezes é natural, mas sentir-me sozinha… isso sim é tenebroso.
Porque sentir-me sozinha é não ter ninguém para ligar, estar sozinho é ligar para alguém e saber que do outro lado alguém vai atender.
Porque sentir-se sozinha é não ter amigos, estar sozinho é saber que temos amigos que correm para nos ajudar se precisarmos.
Sentir-se sozinha é engolir o choro, estar sozinha é saber que algures existe um ombro onde podes desabar… e por aí vai…
Talvez esta minha mania de escrever tudo o que me vai na alma seja o medo que eu tenho de me sentir sozinha. Talvez hoje eu escreva porque sei que alguns leitores me vão dar a sensação que não estou sozinha…
Vá-se lá saber… sobrou para vocês !

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Coisas minhas...





Sou maluca por incensos, alguns mais que outros é bem verdade, mas por norma gosto de quase todos, têm o poder de acalmar a minha veia arruaceira, vá-se lá saber porquê…
Neste momento tenho em casa aroma de chocolate, baunilha e canela, dizem que faz milagres…
- O de chocolate augura fortuna, harmonia e bem-aventurança

- O de baunilha garante bem-estar, harmonia, amor

- O de canela atrai dinheiro e  sorte

Pois devo dizer que isto é uma valente treta!
A semana passada, por exemplo, acendi o de baunilha e não vi nenhum George Clooney a bater-me à porta (e a este, confesso, teria aberto a porta a qualquer hora, que uma gaja também não se pode armar em difícil sem fazer um intervalo de vez em quando...).
Quanto ao incenso de chocolate, que acendi durante o fim-de-semana, também se revelou uma verdadeira fraude...
Fortuna, que é boa, nem vê-la.
A conta continua cristalizada nuns valores que nem é bom referir.
E sem cheta não há harmonia nem bem-aventurança possível.


Valha-me ao menos o facto de ser crédula, porque pelo menos durante os dois minutos que levei desde a prateleira de incensos até à caixa da loja dos chineses, vi a minha vidinha toda resolvida.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

As mulheres e eles...(os trapos)



Dizem que as mulheres não se vestem para os outros, vestem-se para elas mesmas. 
E não maioria dos dias acredito que seja verdade. 
Mas falemos das excepções. 
Daquelas em que precisamos do dobro do tempo para nos arranjarmos, das que nos fazem ajoelhar perante o roupeiro e lamentar não ter nada que vestir - completamente cegas a tanto trapo. 
Essas excepções são o problema - quando nos vestimos para os outros, pior ainda, quando têm um nome e um número de telefone. 
Independentemente da importância que lhe damos, a partir do momento em que o alvo não é apenas o nosso espelho, a coisa complica-se. 
São os primeiros sintomas de uma nova interacção, quando pela primeira vez tentamos conjugar o nosso gosto com o gosto de outro alguém. 
Não é fácil, perdoem-nos o tempo. 
E, de repente, questiono-me para quem realmente eu gostaria de me vestir?!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Há um novo hóspede na cave...






Na categoria das redes sociais o meu processo de "desapego" é simples: arquivar. 
Falo pelos cotovelos, faço piadas e mando uns insultos porreiros mas quando sinto que chega, quando o assunto já cansa, quando dá o clique do "basta" com esta m**d@, é pegar nas mensagens e indicar-lhes esse caminho. 
E por minha iniciativa não houve até hoje um que de lá saísse. 
Lamento, meu tão prezado elemento que volta e meia aqui vos apresento, mas a tua vez também chegou. 
Vais ficar enjaulado nas caves facebookianas, junto dos que, confesso, não estão ao teu nível mas que acabaram por não ser muito diferentes de ti. Acabou-se o entretenimento... arquivei-te!