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terça-feira, 27 de julho de 2021

Coisas minhas


 Gosto de pensar que, por quem vou passando, vou deixando o que existe de melhor em mim. No meio da tempestade que, às vezes sou, tento deixar o lado bonito. Obviamente, nem sempre consigo essa proeza... Porque sou humana, porque nem sempre as pessoas querem o teu melhor, por razões que, tantas vezes, nem sequer dependem de nós. Mas gosto de pensar que as pessoas que cruzam no meu caminho e que cá ficam me têm em estado puro. Que sabem que faço delas prioridade, que sabem que tiro a camisola para lhes dar, que estou presente, ou pelo menos, tento estar. Gosto de deitar a cabeça na almofada a saber que fiz o melhor que podia e sabia. Gosto do conforto que a consciência me traz por saber ter feito a coisa certa.
Sou das que erra e erra muito, mas dá dois passos atrás e pede desculpa. Sou das que prefere não ter razão para estar bem com os outros. Sou das que tenta mil vezes, se preciso for. Sou das que trata como gostaria de ser tratada. Sou das que gosta de cuidar. Sou das que fecha a porta e deixa lá o dedo, para não apertar o dos outros. Sou uma parva, às vezes, eu sei...

terça-feira, 13 de julho de 2021

Sobre ela...


 Nunca ninguém vai saber de tudo! Ensinara-lhe a vida a guardar dentro de si a verdade dos seus dias.
Avessa a vidas e a pessoas perfeitas. Ela é a personificação de regras que foram feitas para serem quebradas e de que a vida é feita de solavancos.
Aprendeu a rir de si e com os outros. Aprendeu a ser para os outros. Mesmo quando não está lá ninguém. E, tantas vezes, lhe faltaram. Ela, sabe de onde vem e para onde quer ir. Eterna sonhadora e desesperada resiliente.
Pinta os lábios que lhe disfarça sorriso, às vezes, parco. Veste-se de cor para se lembrar que nem todos os dias são cinzentos. Apaixonada por pessoas bonitas... Por dentro. Apaixonada por gente de bem e que pratica o bem.
Sobre ela...Ninguém sabe o que lhe vai na alma. Aprendeu a calar, porque de todas as vezes em que pôs o coração cá fora, sugaram-na. Aprendeu a gostar de silêncios e a ser com ela. Fala sozinha tudo aquilo que gostava de poder dizer em alta voz. Não é certo nem errado, é a sua forma de se proteger. Não precisa da aprovação dos outros para viver. Não quer saber. Ela não é os outros... E os outros, não sabem e nunca saberão tudo sobre ela.