Página

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

E se o amor aparecer...


 

E se for para acontecer, não quero nada de tudo aquilo o que já foi escrito. 
Pelo contrário, quero tudo aquilo que, de tão bom que é, as palavras não bastem. Quero a intensidade daqueles amores breves de Verão, mas capazes de durar a vida inteira. 
Quero alguém que me desperte a mente e me desafie todos os dias. 
Que (me) veja para lá do óbvio e que me tire os pés do chão. 
Dispenso as rotinas e as coisas sempre programadas. 
Gosto da imprevisibilidade de alguém que chega só para te fazer sentir.
Quero entregar o meu coração a alguém que não tenha medo, que tenha consciência do quão fugaz é a vida e a queira de facto viver. 
Sem pensar muito. 
Sentir. 
Ir. 
Fazer acontecer.
Não quero quem me diga as mesmas coisas dia após dia e que me leve aos mesmos lugares de sempre com as pessoas de sempre. 
Quero tudo ao contrário. 
Novidade em cada dia como se tudo cheirasse a primeira vez. 
Quero sentir o friozinho no estômago quando sei que está para chegar e quero sentir o aperto no peito, quando for a hora de ir. 
De que serve o sentir sem esses extremos opostos?
Quero alguém que me faça ser tudo aquilo que sou e mais aquilo que quero ser e que, no final, sorria agradecido pela sorte que lhe calhou. 
Quero a lotaria do amor. 
Aquela que sai uma vez na vida e te faz ter um encontro de almas.
Quero alguém que tenha a alma colorida e que pinte a vida com essas cores... Alguém que (me) descubra nas coisas que eu não digo e que me faça ser capaz de acreditar em tudo. 
Quero um amor de Shakespeare com os poemas de Fernando Pessoa.


1 comentário:

deixa a tua opinião...