Gosto da improbabilidade.
Gosto de
tudo o que me cheire a vida, que me faça acelerar o coração.
Pago o
preço por sentir.
Se for fácil, não é para mim.
Gosto da intensidade das
sensações à flor da pele, embora não goste sempre de tudo o que sinto.
E, principalmente, do que permito, às vezes, que me façam sentir.
Não
posso controlar as atitudes dos outros, mas posso controlar a forma como
sentir ou reagir perante elas.
E isso, também torna as coisas
imprevisíveis.
Quando passamos de dados adquiridos à indiferença.
Ou
quando tiramos as vendas dos olhos, as purpurinas e vemos as coisas tal e
qual como são.
Caímos e sabemos que o chão não é o lugar.
Gosto desse
processo também.
De nos (re) conhecermos no meio do caos e saber que lá à
frente, voltaremos a correr exatamente o mesmo risco para poder viver.
Porque quedas não nos definem e confiar nos outros é um risco que um
dia, pode correr bem.
Só não podemos é ficar agarrados ao que nos doeu.
A
vida corre ligeira todos os dias e, por si só, já é demasiado
complicada, para viver a remoer o que não dependia de nós.
Ninguém se
vai lembrar de nós um dia.
Seremos apenas um nome escrito num qualquer
papel ou documento perdido. Não faremos parte das memórias de quase
ninguém, pois só quem nos guardou no coração, quem nos viu enquanto
outros apenas olharam, se irão lembrar de nós...
E esses representam uma
ínfima minoria de todas as pessoas com quem cruzaremos ao longo da
vida.
Então não há tempo para perder com vazios.
E o que hoje é, amanhã
pode não ser...
É preciso activar o modo vida.
É preciso activar o modo vida.
Viver.
Ver.
Sentir.
Fazer amor.
Cair.
Levantar.
Voltar a viver.
Não olhar para trás.
Guardar as
coisas bonitas, mas não esquecer das outras.
Sorrir.
Abraçar.
Rir alto.
Não comparar.
Ser grato.
E amar.
Porque o amor ainda (nos) salva.
E se
não houver amor...
Partir.
E recomeçar tudo de todas as vezes...
Até
morrer.
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