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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Na voz de quem sabe...

"Se o amor da minha vida não chegar, vou publicar todos os meus casos de amor. Em de-ta-lhes. (...) Vou chorar com as amigas, fazer bolo de chocolate, depois vou para o ginásio. (...) Vou comprar batons de várias cores chamativas e misturar com roupas de cores diferentes. (...) Vou alugar um apartamento só meu. (...) Vou começar a decoração pelos quadros. Vão ser fotos profissionais e inspiradoras por todos os lados. E fotos das minhas diversões ao longo da vida. Vou ter uma cama de casal para poder levar quem eu quiser. E o lençol tem que ser branco. Não vou precisar decidir se vou casar ou comprar uma bicicleta. Eu vou comprar uma bicicleta e pronto. A minha casa sempre vai ter gente, mas nalguns dias eu vou preferir ficar sozinha a ler um livro (...) Nalgumas noites vou tomar leite com chocolate vestida com meu casaco de lã. Ver aquela comédia romântica pela décima vez e dormir antes de chegar o final, que é a parte mais previsível. Outras noites eu vou sair. Vou chegar sempre por volta das 23h, porque eu vou estar envolvida em vários projectos artísticos e sempre envolvida com várias pessoas. A noite é feita para aqueles que ainda não encontraram o amor da sua vida. (...)

Eu vou viajar quinta à noite sem avisar ninguém (só meu chefe), porque um amigo conseguiu alugar uma casa aqui pertinho. Eu vou juntar dinheiro, fazer uma viagem por toda a Europa.

Todos os dias vão ser diferentes. (...) Sexta eu vou chamar as minhas amigas para fazer uma comida diferente em casa. Domingo eu vou fazer um almoço para aqueles que eu mais gosto, depois vou ao cinema assistir um filme de culto que eu não entenda nada. Noutro fim de semana eu vou sair para dançar, tomar umas bebidas diferentes e voltar para casa sozinha, mas com o coração cheio, porque sair só para dançar é uma das coisas que me deixam mais completa. (...) A gente gosta de se sentir bonita, viva, feliz e desejada, mas isso não quer dizer que queremos sair de lá com um homem qualquer. (...)

Noutros fins de semana eu vou para a praia cedinho, vou fazer sumo verde e fingir para mim mesma que agora eu me tornei saudável. E já que um grupo de bons amigos é tudo que uma pessoa solteira precisa, é com eles que vou dividir os meus dias, por mais que todos comecem a casar-se. Vou estudar (...) Quero entupir-me de conhecimento e de pessoas que me aquecem o coração.

Enfim, vou descobrir que de nada vale encontrar o amor da minha vida se eu não viver o melhor da vida comigo mesma. Então, se ele não chegar, eu vou viver a minha vida como eu sempre vivi, sem esperar um feliz para sempre e investindo no feliz agora. Vai ter espaço para muito amor, por mais que eu me sinta sozinha em alguns dias, por mais que me olhem com cara de pena, por mais que achem que eu me envolvo com várias pessoas para preencher esse vazio. Mas não tem vazio nenhum, é só muito amor para dar e pouca vida para ser desperdiçada.

E se por um acaso isso do amor da nossa vida existir, eu vou saber quando ele chegar porque eu não vou precisar abrir mão de nada disto.

[Marcela Picanço]

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Porquê?





Porque me apeteceu deixar escrito o quanto estes meses nos aproximaram de uma forma que me deixa feliz.
Foi (é) o saber que estás lá, que basta falar e tantas vezes basta apenas olhar...
Nos momentos bons e maus, nas horas em que apetece deitar fogo aos papéis para ver se eles saem de cima da secretária, nos momentos em que nos partimos a rir com a nossa própria desgraça porque percebemos que eles só sairão quando os despacharmos.
Nos momentos em que o meu rosto fechado entra no gabinete e perguntas logo o que se passa...
No ombro que está sempre lá, na palavra amiga e tantas vezes tão mais adulta que a minha, confesso...
Quando dizes: mas não tens motivos para estar assim... já vais entendendo esta alma insatisfeita que eu tenho, esta mania de escrever o argumento e realizar filmes inacreditáveis.
E as gargalhas... a boa disposição no trabalho, como dizia alguém no outro dia...
A companhia, o abrires-me a porta da tua casa, da tua família, da tua vida e deixares entrar, sem pedir, sem cobrar nada em troca...
 Vou sentir falta sim...
Do chá na máquina no início da manhã, dos almoços, de "irmos ver as montras",  da paciência em ficares comigo à porta enquanto desabafo, dos jantares... das risadas à conta desta ou daquela situação que nos passam nas mãos todos os dias, de partilhar a sobremesa...
 Vou sentir falta sim...
De ti...
Pelo que és, como és e como te sinto... amiga...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Este blog tem uma regra, não fala de politica, futebol e religião...

Mas...
Toda a regra tem excepção.

  O Costa conseguiu o tacho

Foi uma vergonha não ter nomeado o Jerónimo de Sousa para ministro do trabalho, de certeza que ele as críticas que fez ao longo dos anos vai revolucionar a taxa de desemprego em Portugal, Mário Nogueira para ministro da educação ele é um grande professor apesar de não dar aulas há mais de vinte anos, Catarina Martins para ministra das finanças visto que ela entende muito disso.
E é isto... estamos bem governados.

Geograficamente falando... (tem tudo a ver com duches D. Nina)




 (aviso já que a moça boa e sexy da foto não sou eu, não venham já insultar-me, sim?)

Oito e meia da noite, 15 graus a aquecer o ambiente, chegámos ao balneário do ginásio depois de 50 minutos a tentar domar a bola, diga-se, enorme, prontas a relaxar.
Eis que somos então presenteadas com uma aula de geografia à borla.
Que é que pensam, isto não é para qualquer um... E dada a qualidade do espaço, outra coisa não seria de esperar.
Duas miúdas com os seus 20 e poucos anos conversavam animadamente, alto e bom som, com o seu tom meloso e arrastado, qual imitação rasca de tia de Cascais (sim, porque aqui é província mesmo).
E se a melodia que se fazia ouvir já nos punha os nervos em franja, então o teor da conversa era de bradar aos céus.
Vira-se uma para a outra e diz:

- Mas inscreveste-te em quê?
- Nem sei, estava lá afixado na secretaria.
- Mas isso era o mestrado.
- Ai era, não reparei...então e tu não te inscreves?
- Eu quero ir embora daqui, quero ir para fora, para o estrangeiro.
- Mas estás a pensar em que países?
-  Nem sei, tipo Alemanha ou Barcelona, sabes que eu gosto muito de Barcelona...
(primeira lição de geografia)!
- Há também um país, Bruxelas, lá para as comunidades europeias, onde também há lá umas coisas...
(segunda lição de geografia)!
- Ah....
(terceira lição de geografia)!

(mudança de assunto)

- Sabes, comprei a Happy de Dezembro e marquei aquilo
(ainda não sabíamos o que era aquilo mas estávamos desejosas, será que seria naquele país chamado Dubrovnik, lá para as comunidades europeias???)
- Ai foi, e para onde?
- Reservei um fim-se-semana, com 50% de desconto no Vila Galé.
(forreta pá...)
E vais com ele?
- Sim, no dia dos namorados..


E eis que o dito, talvez por pressentir que estavam a falar dele, telefona.
Bem, a conversa mudou de tom... a miúda parece que ia derreter tal e qual um torrão de açúcar acabado de mergulhar num copo de leite...
Olhámos uma para a outra e antes que desatássemos a rir, tamanha era a vontade, fomos refugiar-nos nos duches...
É que nunca vimos tanta burrice junta por metro quadrado.
E é com tamanha sapiência que as futuras gerações pretendem tirar o nosso país da cauda da Europa... acho que também vamos para o estrangeiro ;)
Mas, e que país escolher?

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

E quando a dúvida chega...


Temos de olhar com atenção para o suposto adversário, temos de analisar se o que ele carrega nas mãos é uma arma ou uma flor.
Na tempestade o nevoeiro tolda-nos a visão.
E antes de retaliar e ferir é melhor ver para além do coração.
É que muitas vezes o nosso único inimigo e verdadeira ameaça é o nosso medo.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Há coisas que não consigo perceber



Como seja o saudosismo eterno....

 (foto da net... não vão pensar que a gaja boa sou eu)
 :)


Ai que saudades de quando andava na faculdade e apanhava borracheiras de vinho tinto directo do garrafão ou, para os mais requintados, das garrafas de vinho Paisinho...
Ai que saudades de quando andava um ano inteiro a sonhar com a semana da Queima, em que não pregava olho, chegava a casa a tresandar a fumo, as calças prontinhas para deitar ao lixo à conta do pavimento em terra batida 
 (e se chovia, ui!)....
Ai que saudades de quando a palavra responsabilidade não fazia parte do vocabulário...
Ai que saudades de quando não tinha que fazer jantar, nem contas para pagar, nem casa para limpar...
Ai que saudades....
Eu também lembro de muitas coisas que vivi gostei e me fizeram feliz, momentos de rebeldia, de diversão, de boa disposição, momentos de copo na mão, agora não ando sempre a falar no mesmo, nem a pensar que naquela altura é que era e que agora coitadinha, tenho que me levantar cedo para ir trabalhar e levar o gato a passear!
Possas... e crescer não?
A vida é feita de etapas e o segredo é viver cada uma delas intensamente.
É que, de repente, parece que o que andamos por lá fazer, o sonho que andamos a perseguir não faz assim tanto sentido se o que queremos mesmo é não ter saído de lá.
Ou então sou só eu que sou assim!
Seja!