Falava-se de surpresas que já nos
tivessem feito no dia de S. Valentim. Não tinha nenhuma história que pudesse
contar e dele fiquei apenas a saber que gostava de ajudar a
surpreender. Naquela noite, S. Valentim, ao fundo das escadas, esperava
por mim uma rosa branca e nela um aroma especial.
Por algum motivo
guardo-a até hoje.
Quando me enviou mensagem a
dizer que na portaria encontraria algo para mim, lembro um misto de vergonha e
reconforto. Esperando que não fosse brincadeira, fui em passo apressado mas
disfarçado, perguntar o que seria. Encontrei o senhor de sempre…cabelo
grisalho, rugas no rosto e de sorriso fácil (talvez o dia também lhe estivesse
a correr bem), que me entregou um livro. Não posso dizer que acertou em cheio
no género literário mas não poderia ter gostado mais de o ler.
Estava no alto dos
meus 25 e sem confiança de que alguém se poderia importar daquele jeito. Ele em
algum momento, naquele tempo, tentou chegar ao meu coração já ocupado. E nesse
momento, fez mais do que quem o ocupava tentou fazer algum dia.
Não imagino um
enredo diferente do que aquele que foi mas ele sempre será a minha história sem
fim e sem começo.
Porque ontem ao arrumar os meus
livros, vi-o e soube sentir que aquele teve um sabor especial.
Como te compreendo, nem imaginas...
ResponderEliminara imagem é linda!
bom dia menina Flor
:)