A moça é engraçada, tem um ar sorridente e
simpático. É até comentada aqui e ali como sendo uma mais-valia. Um
"palminho" de cara é sempre agradável e chama a atenção. Tendo alguma
visibilidade no pequeno círculo e toda a gente a conhece. Já ela tem
dificuldade em conhecer toda a gente.
Ora, não é que a moça não aparece com um moço. Não se sabe se tem moço. E é
de estranhar que não tenha moço. Já não tem idade para não ter moço. Se é tão
laroca porque não arranja um moço. Sem esquecer que esta situação de não ter
moço faz com que ela ande "solta" demais.
Os dias iguais, a crise que se mantém, as horas mortas no jardim, as noites
longas de pensamentos vazios. Um dia surge uma história que traz muitas questões,
que levanta muitas dúvidas, que se sujeita a muitas teses e que ninguém
consegue afinal furar até à versão unânime. Desta forma, abrimos caminhos.
Caminhos abertos para a que anda à "solta", a visibilidade, a
forma como está em todo o lado, as amizades que se criam - sabe-se lá
porquê!?!? Pois, só pode ser, como não nos lembramos mais cedo... Então toca a
partilhar à boca pequena - ou à boca grande - um boato sem sentido, uma
história que só a eles lhe interessa. As histórias inventadas sobre os outros,
porque os outros incomodam, porque os outros surgem no meio fechado e pequeno,
porque os outros em pleno século XXI deviam ser casados, ter filhos e não andar
metidos nestes assuntos de homens.
E como sabemos os boatos são só da responsabilidade das mulheres, os homens
nunca lhes dão ouvidos nem os inventam!!!
Right??