Dizem que, a
uma certa idade, nós as mulheres nos tornamos invisíveis.
Que nossa
actuação na cena da vida diminui, e que nos tornamos inexistentes para um mundo
onde só cabe o impulso dos anos jovens.
Eu não sei se
me tornei invisível para o mundo, mas pode ser.
Porém nunca fui
tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista
da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
Descobri que
não sou uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou
e também muito forte.
Com suas
misérias e suas grandezas.
Descobri que
posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de
ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder
às expectativas dos outros.
E apesar disso…
Gostar de mim
Quando me olho
no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou…
Alegro-me do
caminho andado, assumo as minhas contradições.
Sinto que devo
saudar a jovem que fui com carinho, mas já é tempo de deixá-la de lado porque
agora me atrapalha.
O seu mundo de
ilusões e fantasias já não me interessam mais.
É bom viver sem
ter tantas obrigações.
Que bom não
sentir o desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.
Em suma. Sente-se naquilo que é. Uma mulher!
ResponderEliminarE que Mulher! Abençoada seja!
Muitos parabéns.
Obrigada Sr Corvo :)
EliminarEstás nada a ficar velha, estás a ficar sábia ;)))
ResponderEliminarOh Oh... isso mesmo miss Cat.
EliminarO que se perde na idade, ganha-se na sapiência da vida.
ResponderEliminarE essa sapiência diz-nos que não existe nada melhor na vida que é...nós gostarmos de nós mesmos.
Gostei muito do tema.
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Deixo cumprimentos
Concordo! Aprendemos a gostar da pessoa que somos.
EliminarCumprimentos retribuídos.
No meu antigo blog chamado Integral de Mim, eu pus um poema de uma poeta brasileira chamada Lya Luft.... chama-se Canção da Plenitude...
ResponderEliminarCanção na plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
Mas isso, naturalmente, não se aplica a ti ó doce marroquina!
Como disse a Madame Q (lembra-se como eu a chamava assim???) estás cada dia mais linda, mais bela, mais interessante e mais sábia.
Beijos PDR
Vejam só... quem é vivo sempre aparece... Bem vindo de novo PDR.
EliminarSempre um gentleman... beijos
OLha só para esta jeitosa?
ResponderEliminarvelha? foi isso que disseste?
li bem?
estás é no ponto Queen.
a idade traz muita coisa boa!
beijito
Não sei em que ponto estou, mas aceito como um elogio :)
Eliminarkiss
Invisíveis? Naaaaa, eu acho que a certa altura algumas pessoas aprendem a ser mais discretas e sensatas, crescem um bocado ;)
ResponderEliminarE se eu cresci... cheguei a 1.72 :P de pura loucura...
Eliminarbeijinho meu menino