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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Ela não é fria, apenas não se deixa aquecer com qualquer um. 
Ela não é inacessível, apenas se protege. 
Ela não é antipática, apenas aprendeu a resguardar-se.
Ninguém lhe disse como o mundo e as pessoas podiam ser cruéis. 
Ninguém a avisou que a vida lhe daria tanta chapada que ela teria de se recompor, a bem ou a mal.
Ela não é distante ou indiferente. 
Ela não é vazia! 
Ah! Se as pessoas soubessem o turbilhão de emoções que giram dentro dela. Ela só não demonstra. 
Demora para abrir o coração, demora para confiar. 
Tem uma tendência quase automática para ser rude. 
Para manter as pessoas no lugar delas. 
Para nem deixar chegar perto. 
Se é certo? 
Provavelmente, não! 
Se é cautela? 
Com toda a certeza que sim!
É-lhe difícil não criar barreiras, não erguer os mais altos muros... 
Mas, por mais que se proteja, a vida passa por ela. 
As pessoas também. 
Mas o medo de a deixarem para trás é tanto, que ela já antecipa o final, que só ela criou, e afasta todo o mundo.
Ficaram-lhe poucos! 
Ficaram os que a escolheram e os que ela escolheu também. 
Ficaram apenas os que a que conhecem do avesso e da frente para trás. Ficaram apenas, os que viram para além do óbvio. 
Ficaram os que a viram com o coração! 
Porque o coração dela é...como o de poucos!

1 comentário:

  1. Leio e releio....
    Ela é você... que fechou o coração.... e jogou a chave fora.
    Posso ajudar a procurar????

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