Exactamente há um ano atrás, mais ou menos por volta desta hora, disse-lhe "boa viagem".
Mas, nesse momento, não sei bem explicar porquê (acho que sentimos essas coisas mesmo inconscientemente) algo me dizia que era mais um adeus... daqueles que se dizem não quando não esperamos ver novamente aquela pessoa, mas aqueles que se dizem quando as coisas nunca mais voltarão a ser como eram até então.
Hoje sei que foi assim.
Até hoje não sei que nome chamar ao que aquilo foi...
Podia, como fiz na altura, tentar encontrar uma justificação, tentar arranjar uma forma de explicar aquele comportamento, mas, como já disse uma ou outra vez, há coisas que não se explicam e deixei de tentar.
Há sentimentos que apenas nós sentimos... e todos os sentimos de maneira diferente...
Guardo alguns momentos em que desejei parar o tempo só para não deixar de sentir tudo aquilo que me invadia o peito... mas não olvido o sentimento de desilusão que experimentei quando me apercebi que nada daquilo era como eu idealizava... o sonho ainda comanda a vida.
Marcas ficaram, é certo... se assim não fosse, não estaria hoje aqui a escrever.
Mas já deixou de doer e, num exercício de retrospecção, não consigo precisar em que manhã acordei e vi que já não morava mais em mim...
Mas já deixou de doer e, num exercício de retrospecção, não consigo precisar em que manhã acordei e vi que já não morava mais em mim...
Sei que todas as coisas acontecem por um motivo... e hoje sou, estou e sinto-me diferente de que era, estava e sentia há um ano atrás...
Ainda assim, não acho que tenha perdido a capacidade de amar só porque fez mossa, até porque não consigo amar de outra forma diferente daquela que sempre soube: entregar o coração e a alma sem limitações, sem receios, sem complexos e sem preconceitos...
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