Acordou na mesma cama de sempre com a mesma sensação de
sempre:
o vazio.
Ficou à espera como sempre esperava.
Não sabia porque esperava
e por o que esperava.
Limitava-se a ficar.
A existir.
A sobreviver ao passar
dos dias sem que tivesse um qualquer plano para a sua vida.
Não havia sonhos.
Não havia objectivos.
Não havia nada para além do corpo.
O corpo vazio de amor,
vazio de compaixão, vazio de esperança.
Perdia-se cada vez mais dela a cada dia
que nascia lá fora numa contradição que lhe assolava a alma.
Era enorme o vazio
que lhe consumia o corpo, era esmagador o aperto que sentia no coração.
Já não
aguentava mais.
Já não suportava mais.
A solidão é tão só que lhe esmaga a alma.
A solidão é tão só que aprisiona o corpo, que a mata sem quererer morrer.
Porque ela quer... Eu podia ajudar.
ResponderEliminarJá ajudaste... a aumentar o vazio
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