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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Só hoje...




             Para hoje só queria embrulhar-me num abraço e ficar ali quieta. 

Sem ruídos. 
Em silêncio. 
Num momento onde as palavras não fossem precisas. 
Envolver-me no aconchego de um afecto e dormir.
Parar a máquina cerebral. 
Deixar de a ouvir. 
Desligá-la se possível fosse. 
Há dias assim... em que tudo o que nos dizem soa a discurso fácil. 
Em que todas as palavras não entram. 
Pura e simplesmente não entram. 
Há dias em que não queremos palavras. 
Queremos só o silêncio. 
Só a segurança de um abraço. 
Queremos só ouvir o bater do coração. 
Queremos deixar de dar de comer aos medos. 
Há dias assim, em que só queremos estar onde não estamos...

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