Nem sequer quero andar lá
perto. Quero ser exatamente aquilo que sou. Cheia de manias, umas mais
suportáveis, outras menos. Quero continuar a soltar uns palavrões e a
rir alto. Quero, dentro das minhas imperfeições, e algumas são enormes,
continuar este caminho de não agradar a todos. Não me incomoda isso,
pelo contrário. Deve ser uma chatice quando todo o mundo gosta de nós.
Deve ser um aborrecimento viver dentro das redomas do politicamente
correto. Não sou. Não vou ser e não me esforço nem um pouco para isso. E
ao longo do caminho vou coleccionando gente que me admira pela forma
como me expresso e não me importo com o que os outros pensam... Mas vou
coleccionando também uns "ódios de estimação"... Que me divertem às
vezes. Pela falta de argumentos, pelo veneno na ponta da língua, pelo
desejo que têm de ser um bocadinho menos ovelhas, mas que não conseguem
sair desse registo. Mas admiro a capacidade que têm de perder tempo
comigo. De me apontarem o dedo, de me chamarem revolucionária... E aqui
entre nós, sou mesmo.
O que essas pessoas não sabem é que tudo em
mim é genuíno, nada fingido... O sangue na guelra, o coração junto da
boca, as emoções à flor da pele. Tudo isso é meu. Não é ensaiado, não
faz parte de uma performance teatral. Sou eu, enquanto gente. No bem e
no mal. Para dizer "gosto muito ou sai de perto de mim!". Tudo o que eu
acredito eu vou atrás, eu defendo. E se no final, os outros não
gostarem... Eu não quero saber. Porque eu não sou os outros. Não são
eles nem o que pensam que me definem. E quanto mais falam... Mais eu
gosto de mim!
domingo, 13 de dezembro de 2020
Não quero ser a mais perfeita das mulheres.
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