Houve um tempo em que te escrevia coisas bonitas, mas não
sei se alguma vez me chegaste a ler.
Escrevia para me libertar, para me fazer
ouvir ou simplesmente por não ter com quem falar sobre isso.
Escrevia-te coisas
bonitas, tantas vezes, que passei a acreditar nelas também. Era assim que te
via, tal e qual como te escrevia...
Pleno de tudo e com tudo aquilo que eu
achava que precisava.
E romantizei tudo o que nós éramos, sem perceber o que
éramos realmente. Talvez, dois emocionados, com o coração a transbordar de
sentimento, mas com a cabeça formatada para não fazer acontecer, com tudo o que
isso inclui, nunca nos soubemos ajustar à medida do outro.
A tua chegada à
minha vida deixou tudo do avesso e a tua presença era forte, mas nunca me senti
segura.
Não sabia como lidar com isso.
Demasiadas mentiras e omissões.
Demasiados jogos mentais.
Tudo era demasiado.
E faltou um pedido de desculpas,
que teria sido determinante para todo o desenrolar da história.
Nunca houve.
Quando chegou era tarde demais.
E procuraste-me, tantas vezes que lhe perdi a conta e jurava a mim mesma que acabaria por te perder o rasto...
E procuraste-me, tantas vezes que lhe perdi a conta e jurava a mim mesma que acabaria por te perder o rasto...
Mas arranjas sempre uma forma
de me encontrar e de te fazer presente.
No entanto, tu és a personificação de como o sentimento só não chega...
No entanto, tu és a personificação de como o sentimento só não chega...
De como temos que nos fazer prioridade em detrimento do outro.
Tu
és a história, cheia de coisas bonitas também, que eu guardo, para me lembrar
de tudo aquilo que não quero repetir.
E sei que fui intransigente e implacável
contigo.
Não fui capaz de te dar uma segunda oportunidade, mas não me
arrependo.
Com os (d)anos há coisas que só nos permitimos passar uma vez e é um
facto de que toda a gente erra, mas a diferença está na intenção e no que fazes
a seguir com isso.
Sempre que penso em ti, sei que tomei a decisão certa.
Sem comentários:
Enviar um comentário
deixa a tua opinião...