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terça-feira, 1 de março de 2016

Lembro-te do último abraço...

 
 
...já o devo ter comentado sobre isso algures por aqui. 
Do aperto no peito e de pensar que era ali mesmo, o tudo ou nada. 
E foi. 
Tudo e nada. 
Entrei em casa e encontrei a minha mãe no sofá, junto à lareira de Maio que ainda se fazia exigir. 
Bati a porta, suspirei e disse-lhe que tinha terminado com ele. 
«O pior já está feito» 
- disse-me com a calma e sabedoria que só uma mãe consegue transmitir. Senti um abraço sem a tocar. 
E estava realmente feito. 
Acima de qualquer saudade e nostalgia, o pior tinha sido aquilo. 
Se assim não fosse teria sido uma decisão leviana, que não foi.
Ontem viu-o a passar pelos meus trilhos, aqueles que conheci tão bem. Reconheci-lhe a confusão, a angústia, as poucas horas de sono. 
Ontem fomos sobretudo, amigos. 
Ele à procura de respostas, eu a encontrar-lhe as perguntas. 
E quando se colocou a hipótese de ser mesmo este o caminho garanti-lhe que se assim fosse, «o pior já está feito». 
Tudo o resto são dúvidas e abraços. 

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