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terça-feira, 11 de julho de 2023

Constatações...


 

As pessoas chegam à nossa vida num tempo específico, que pode ser breve ou por uma vida inteira.
E cada uma delas encaixa -se num lugar diferente dentro de nós.
E, aquilo que nos causa dor é quando as colocamos nas categorias erradas.
Há lugares que não são para todos.
Não devemos nunca subestimar as coisas que sentimos.
A mesma pessoa que nos faz ser forte, pode ser a mesma que nos traz vulnerabilidade.
E a mesma que nos dá a mão, pode ser a mesma que nos empurra.
Por isso é tão importante não ignorar os sinais que o Universo envia para proteger a nossa alma.
Os das atitudes.
Porque as palavras voam com o vento e perdem-se no meio das parvoíces que se dizem sem pensar.
Percebi com o tempo que as acções dos outros reflectem tal e qual aquilo que se passa dentro deles e que o problema não se prende comigo.
Embora, muitas vezes, ainda lute com isso.
Percebi que, nem sempre vais colher aquilo que emanas, que nem sempre os outros sabem dar.
E sim, é sobre isso.
Sobre reciprocidade.
Não acredito na lenga lenga do "dar sem esperar nada em troca" no que diz às respeito às relações humanas.
Se dás, deves receber.
As relações sejam elas de que espécie forem, não podem ser unilaterais, caso contrário, serão apenas desgaste com punhos em pontas de faca...
A vida é uma caixa de surpresas e não devemos dar nada por garantido.
Ninguém para para amenizar as tuas dores.
Ninguém espera que te cures ou te salves nesta selva que é a vida.
Ninguém se vai questionar de onde vens ou o que tiveste que fazer para estares onde estás. Ninguém.
Ninguém te vai ver.
Vão apenas olhar-te. 
Nessa volatilidade fica quem tiver de ficar e sai quem tiver de sair.
Mas nesse hiato de tempo, sentir tudo o que houver para sentir.
Medo.
Angústia.
Dor.
Amor.
 Mas sentir…
Porque no dia em que não puder sentir, já estarei morta com vida.
Já não serei eu.

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