
Sei que, às vezes, o
que pensamos ser para nós, nem sempre o é.
Não sei o que fazer
com os abraços que ficaram por te dar e com os beijos que nunca te darei.
Não sei como me
conformar com a tua ausência, mas sei que preciso dela para seguir em frente.
Continuo a olhar para
o telefone à espera daquela chamada que não vai chegar, continuo à espera de te
olhar no fundo desses olhos e ver neles o que agora ainda não consigo.
Sei que preciso
deixar-te ir.
Por ti e por mim.
Sei que não faremos
nada juntos e as palavras que dissemos, assim como os sonhos que sonhamos, se
esfumaram no ar.
Mas tenho saudades...
Tantas saudades...
Desse conforto bonito
de saber que ao final do dia estás aí.
Saudades de ouvir a
tua voz e de nela encontrar o alento que, por vezes, me foi faltando.
Tenho saudades do que
projectei contigo e não farei.
Saudades dos
encontros que não tivemos e das coisas que não chegaram a acontecer.
E assalta-me o
pensamento a ideia de que talvez tenhamos desistido demasiado depressa...
De que, talvez,
estejamos apenas em negação por ser bom demais...
Porque o medo nos
consome e nos tira a vontade de experienciar o que poderia ser tão bonito
Não
sei o que fazer ao sentimento e onde guarda-lo para que me doa menos.
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