Não me partiste o coração, foste
partindo. Não posso identificar o dia porque foram vários. Nem tão pouco um
momento porque foram inúmeros.
Mas a questão não passa por calendarizar no
tempo, passa antes por tentar consertar o que quebraste, mesmo sabendo no quão
pouco possível isso é. Tinhas a minha história nas tuas mãos e a minha vida ao
teu lado.
Que se f***, há companhias melhores! - é assim que identifico a tua
chaga. Mas isso não se faz. Não se vira as costas a quem gosta de nós e a quem
prometemos lealdade.
Não se pára de defender e, pior ainda, se junta ao
inimigo.
Porque quem magoava uma, magoava a outra.
Disseste-me um dia que
quando te perguntavam o que se tinha passado entre nós tu não sabias o que
responder. Mas isso não é nada, quando eu tenho que me responder ao porquê de
teres falhado de tal maneira, e nunca mas nunca encontrar resposta. Talvez a
culpa seja da esperança, de ter alimentado a ideia de que um dia me virias
pedir desculpa ou, mesmo sem elas, voltasses.
Mas acho que até a esperança
morreu, e ambas sabemos que quando o último protagonista morre, o
filme chega o fim.
O enredo é simples. Não estiveste lá
para ler o mais nobre silêncio nem para dar o abraço sem questionar a sua
causa. Não ajudaste a percorrer caminhos ou a elaborar outros trilhos. Não me
viste a vencer etapas nem tão pouco a falhar. Não te levantaste para aplaudir
os sucessos nem te sentaste a chorar as derrotas.
Simplesmente não estiveste e
pior do que isso é não valer a pena contar-te. Sei que é recíproco mas a grande
diferença é que não fui eu que me afastei e não se pode chegar perto de quem
não deixa.
Foste irmã... Enquanto foste.
Poderia finalizar assim:
ResponderEliminar"Foste irmã... enquanto foste... Hoje vi que nem companheira foste...Nem amiga, nem parceira.
Hoje, estou ótima... e tu?"
Estará óptima também... assim espero...
EliminarO MELHOR DE MIM
ResponderEliminar"Tenho os olhos vermelhos do choro da saudade
E tenho o céu da boca amargo de tua falta
Tenho a pele seca da ausência de teu contato
Tenho o sangue escuro pela falta de tua luz....
Tenho sim, a palidez da pele,
Tu não me iluminas a derme com o sol de teu riso.
Nem tenho mais a cor dos meus próprios lábios
Pois minha boca nem sabe pronunciar outro nome
Que não seja o teu....
Deixaste-me com a cor do vazio de minha própria essência
Fui teu, fostes minha e nem sei
Se serei de mim o mesmo outra vez....
Levaste de mim o meu melhor."
PDR - março de 2013
Tão lindo PDR, obrigada por presentear com um poema tão profundo.
EliminarBeijos daqui...
Para quem anda sem conseguir escrever...ao menos venho aqui...e é como se me visse ao espelho, com uma diferença...tu escreves tão bem e inacreditavelmente dizes tantas vezes...o que eu gostaria de um dia dizer...como neste post.
ResponderEliminarNão é o bloger, não minha flor...eu que é ando vazia...ou melhor...cheia mas de raiva, de vontade de morder meio mundo, muita fúria..muitos assuntos ao mesmo tempo...e poucas palavras...
jinhoooooosssss
Ohh Suri... não gosto de te "ver" assim tão triste...
EliminarÉs forte, vais superar... e volta, porque (para mim) a blogosfera sem ti não tem graça.
Um abraço apertado cheio de energia positiva.
Não gosto nada de quando uma boa amizade se perde...
ResponderEliminarNem eu Gatinha, nem eu... mas foi inevitável :(
Eliminar,. ."Não se vira as costas a quem gosta de nós e a quem prometemos lealdade. Não se pára de defender e, pior ainda, se junta ao inimigo" ....e assim se perdem amizades ou então quantas vezes se põe em causa se alguma vez o foram!.:(
ResponderEliminarBelo texto Lirio , carregado de negativismo , mas que exprime sentimentos que doem quando vivenciados.
Bom fim de semana para ti
Beijiiinhos
É o coração a falar... mas já passou!
EliminarBeijinhos Sorriso, bom fim de semana