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quarta-feira, 1 de março de 2017

Já que o youtube me bloqueou o video, vou falar de casamentos...







Do casamento dos outros, of course.
Tenho uma grande amiga que ficou noiva. Vai casar em Setembro e está com um sorriso do tamanho da Via do Infante. Feliz que só ela. Eu gritei quando soube, gritei muito, e a novidade já foi devidamente festejada com brindes e abraços parvos e perguntas difíceis e avisos ao noivo, do género “se não a tratas bem ou se voltas atrás persigo-te até ao fim dos teus dias e vais desejar ter sido atropelado por um camião ou dizimado por abelhas assassinas”. Tudo entre mais gritos e abraços parvos e planos para beber muito no casamento e cantar músicas foleiras e essas coisas todas. Mas a questão que me deixou a pensar e que motivou este texto não foi não acreditar – aposto o braço esquerdo em como este casamento vai ser feliz (o direito é melhor não, dá-me jeito para escrever e não ando assim tão crente no amor) – foi antes de mais o passo para chegar a ele. Porque do meu círculo de amigas, esta já é a segunda que resolveu pegar no assunto entre mãos e chegar-se à frente. Ou seja, ser ela a pedir o namorado em casamento e não o contrário. Tendo em conta que só quatro das minhas amigas já se casaram, é metade, e isso já dá uma espécie de sondagem fidedigna o suficiente para poder afirmar que os tempos, de facto, mudaram. Mulheres emancipadas e independentes já não são só mulheres que vivem sozinhas e pagam contas sozinhas e dão o litro no trabalho (olha eu, olha eu), são mulheres que não têm medo de pôr o joelhinho no chão (mentes impuras, não tirem conclusões precipitadas) e fazer a pergunta fatídica: queres casar comigo? E com tudo isto correr aquele risco que antigamente só os homens corriam: levar um rotundo não. (Ou então simplesmente assegurarem-se de que ele não escapa, que isto de homens sérios não há muitos e uma pessoa não pode esperar eternamente.)
Tudo isto para dizer que, depois de pensar muito sobre o assunto, e esbarrar com as minhas próprias noções românticas de que espero um dia ser pedida em casamento pela pessoa que me fizer mais feliz no mundo, chego à conclusão de que não há nenhum motivo para não poder ser a mulher a pedir o seu homem em casamento, a não ser uma tradição que vai sendo cada vez mais transformada e que já não é mesmo o que era. O que interessa é o compromisso, o que se faz para honrá-lo, a sinceridade da coisa. Quem pergunta se o outro está louco o suficiente para também mergulhar de cabeça ainda é o menos.

5 comentários:

  1. Agora está na moda, ser a mulher a pedir o homem em casamento

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    1. Direito têm, dever acho que não.
      Mas para explicar a minha posição, hoje ou amanhã vou fazer um post sobre o assunto.

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  2. Ai Lírio,
    Nem me fales em casamento!
    É tudo maravilha quando namoramos. Depois... não sei, não.
    Falo por mim.

    Beijinhos

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    1. pois... cada um sabe de si. Eu cá não sei nada disso, nem sei se estou interessada em saber... loll

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