E desde que fui soltando a mão, os pensamentos foram ficando
mais leves e espaçados. O tempo deixou de ser só teu e para ti e já quase nada
te envolvia. Deixei de me perguntar por ti. Sabia onde estavas e, pela primeira
vez, em muito tempo, não quis estar lá contigo. Já não me perguntava se tinhas
saudades e, mesmo que (não) tivesses, não me faria a menor diferença.
Porque
eu...
Eu tive, tantas, tantas vezes, e tive que educar o pensamento a esquecer
-se de ti, para que o coração o pudesse fazer naturalmente. E o tempo fez-se
distante, ao mesmo tempo que os dias fluíam ligeiros por já nada esperar de ti.
E troquei o pensar -te na almofada à noite, pela paz de já nada querer.
E, foi tão bonito quanto honesto.
Foi tão intenso quanto frustrante.
Foi tão
ardente quanto gelado.
E, fui tão feliz e tão triste.
Mas vivi.
E sobretudo
senti.
E... Que estejas sempre bem.