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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

DEVANEIOS DE UM MENTE INQUIETA...

 


ELE TOCARA-LHE NA ALMA SEM NUNCA LHE TER ENCOSTADO UM DEDO...

ELA SENTIA A FALTA DELE.

VIVIAM NUM LIMBO ENTRE SEREM TUDO E NADA.

DIVIDIAM-SE ENTRE O PARTIR E O FICAR...

E TODOS OS DIAS ROÇAVAM A DESPEDIDA.

E TODOS OS DIAS PARECIAM ETERNOS...

ATÉ AO DIA EM QUE A VIDA  SE ENCARREGAR DE OS COLOCAR NOS SEUS DEVIDOS LUGARES.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Deixei-te ir...


E desde que fui soltando a mão, os pensamentos foram ficando mais leves e espaçados. O tempo deixou de ser só teu e para ti e já quase nada te envolvia. Deixei de me perguntar por ti. Sabia onde estavas e, pela primeira vez, em muito tempo, não quis estar lá contigo. Já não me perguntava se tinhas saudades e, mesmo que (não) tivesses, não me faria a menor diferença. 
Porque eu... 
Eu tive, tantas, tantas vezes, e tive que educar o pensamento a esquecer -se de ti, para que o coração o pudesse fazer naturalmente. E o tempo fez-se distante, ao mesmo tempo que os dias fluíam ligeiros por já nada esperar de ti. 
E troquei o pensar -te na almofada à noite, pela paz de já nada querer.
E, foi tão bonito quanto honesto. 
Foi tão intenso quanto frustrante. 
Foi tão ardente quanto gelado. 
E, fui tão feliz e tão triste. 
Mas vivi. 
E sobretudo senti. 
E... Que estejas sempre bem. 


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Imprevistos... ou não.


 O que torna as coisas mais bonitas quando gostamos de alguém é a imprevisibilidade dos factos. O inesperado. O não escolher de quem se gosta e se sequer se vai gostar. E, muitas vezes, quando damos por nós, já estamos ali, a fazer planos e listas de compras, onde o outro está sempre incluído. Não raras vezes somos assolados pelo sentimento como uma avalancha que nos tira o fôlego e, percebemos ali que estamos, irremediavelmente ,fodidos. Outras vezes, é um sentimento que entra devagar, sem pedir licença e que deixamos a marinar até que as mãos suem na presença e o peito acelere nas ausências. E vamos encontrando formas de o negar, seja em palavras ou em acções, ao mesmo tempo que fazemos dele primeiro pensamento da manhã e o último do dia. E cerramos os olhos para não ver, ao mesmo tempo que carimbamos na memória os momentos, os lugares e aquela pessoa onde queremos voltar em cada piscar. E vamos arrumando todos os cantinhos do coração, da vida e da alma para dar espaço a outro alguém. Sonhamos com a casa de cerca branca, com o cachorro no jardim e com aquela dança na sala à média luz enquanto o vinho repousa na mesa de jantar. Fazemos juntos contas de cabeça e organizamos a próxima viagem, enquanto o filme passa sozinho no ecrã (provavelmente, a rir-se de tamanha ingenuidade), e prometemos um ao outro que só faz sentido enquanto sentirmos.

Depois, vem a vida com um choque de realidade: 
"filha, fecha o livro e vai trabalhar!"