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quinta-feira, 10 de julho de 2014


Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação para alegria tímida, para paixão sem orgasmos múltiplos ou para o amor mal-resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo e não estou aqui para que vocês gostem de mim, mas para aprender a gostar de cada detalhe que tenho e seduzir somente o que me acrescenta.
Tenho uma relação de amor com a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha pa...
z.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras e falta de ar....
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro de alguma forma, no toque mesmo, na voz ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tinha medo de altura, mas não evitei meus abismos:
são eles que me dão a dimensão do que sou.
[Marla Queirós]

quinta-feira, 3 de julho de 2014


Gostava que a vida fosse a lápis para eu poder desenhar à vontade, mesmo que errasse não fazia mal, voltava atrás e apagava e era como se nunca tivesse existido.
 
 É...
 Mas a vida é a caneta de tinta permanente. 
E o problema é que não há mata-borrão.
:(