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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018



Perdoo erros. Dou uma oportunidade. Acredito. 
Mas não perdoo traição, porque não é um erro. É uma escolha, livre, sem pressão, consciente. E que quebra a confiança. O compromisso. O ingrediente principal. É o bem mais importante que alguém pode dar. Ou tirar. E fraquejar é sinónimo que o carácter não é forte. Quando a vida desacelera tudo se nota. Todos os pormenores contam. E a repetição de erros pode ser um sinal de bloqueio. Aceitar não é fácil. Aceitar que as escolhas foram erradas é a vida a dar outra oportunidade. Sem medo.
Não aceito traição. 
Não acredito num olhar que não me prende porque já não me chega. 
Acredito no Amor.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Coisas minhas...


Tu pensavas que eu ia estar sempre lá, para te abraçar a escuridão.
Não soubeste dar valor às palavras: 

"Se me voltares a magoar eu não volto"...
 "Se me voltares a mentir eu vou partir".

Atravessei a nossa ponte sozinha, e parti sem aviso nem despedidas. 
Redefeni a rota da minha luz, reajustei o amor, a essência e a delicadeza numa subtil indiferença.
  Agora a minha vida segue, e a tua precisa de limpar os pés nas particularidades que te definem.
Ajeita o espelho, e não voltes a magoar quem te quer ver sorrir.

Porque um dia, um dia eu quis... fazer-te feliz!

Hoje não quero que voltes, muito menos que te aproximes.
  Sei que a minha liberdade incomoda a tua prisão.
Mas fiz um pacto de paz com o meu amor-próprio, esvaziei-o de tudo o que em ti não transbordou. 
E a palavra fim nunca fez tanto sentido.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Na voz dos outros...


Ela é romântica... mas nunca disse que era santa, ela é daquelas que se amam sempre em primeira instância.
Poucos sabem a diabrura daquele sorriso genuíno, impregnado de adrenalina mas tão cheio de sentido.
Aquele caos, numa mente de luas inconstantes e complexas. Ela era tão dela, fria e distante numa música de ninguém, num quarto misterioso de 5 estrelas.
Se um dia, conheceres o avesso do mundo dela, tem cuidado, vai devagar... Ela decifra-te o ego debaixo da pele, a fúria disfarçada de calmaria.
Ela não gosta de ninguém só pela vontade de querer, para ela, tens que estar e ser na ousadia da certeza.
Ela é intensa demais para horas monótonas, o tempo dela vive temperado de amor... que muitos desejam, mas poucos sabem lá chegar... aquela loucura com cor.
Mas continua a sonhar.
Que um dia destes ela tira-te o sono
Ou quem sabe... a dor.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Este blog vai de férias...


...do stress do dia a dia
Vai de férias da pressão do trabalho
Vai de férias dos objectivos a atingir em curtos espaços de tempo
Vai de férias das reuniões formais 
Vai de férias das horas extra 
Vai de férias dos horários regulares
Vai de férias dos despertadores
Vai de férias das 7 horas de sono diárias
Vai de férias das filas de trânsito
Vai de férias da vida citadina
Vai de férias do conforto da casa
Vai de férias do frio
Vai de férias do bom comportamento (:)
Vai de férias do bom senso
Vai de férias da vida normal do dia a dia

Até já...

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Não sei como se ama depois de amar.





Talvez nunca mais se ame da mesma forma. Talvez a loucura seja diferente. O frio na barriga também. Talvez seja um amor menos ingénuo, menos louco. Talvez seja um amor menos. Menos, porque talvez grande parte da capacidade de amar tenha ficado presa no nós que já não existe.
 Ou talvez seja um amor mais. Um amor ainda mais louco. Menos ingénuo na mesma, porque os erros do passado são alavancas para as maiores aprendizagens, mas mais louco, mais intenso, mais asfixiante, mais ardente. Talvez seja mais, muito mais. Talvez a idade ajude e o tempo seja uma ferramenta a favor.
 Não sei como se ama depois de amar. 
 Talvez nunca se ame da mesma forma. Talvez se chegue com a factura dos amores passados. Talvez o medo de perder, o medo de sofrer, nos faça viver num constante sobressalto e o amor em vez de vivência seja uma mera sobrevivência.
 Ou talvez seja um amor mais adulto, mais consciente, um amor que sabe que o amanhã é incerto, um amor que se conjuga no presente do indicativo, um amor que inclui o eu, o tu e o nós, não excluindo nunca nenhuma das partes. 
 Não sei como se ama depois de amar. Talvez seja um amor menos. Talvez seja um amor mais. Mas se vier, que seja, pelo menos, um amor verdadeiro. 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Aprendi que esperar é um dom.




A vida tem-me ensinado isso. Tem-me ensinado que há coisas que precisam de tempo para acontecer, tempo para poderem, definitivamente, acontecer. Tenho aprendido – tantas vezes à força – que há muitas ferramentas que temos de adquirir pelo caminho, muitas dores que temos de sentir no percurso, muitas batalhas que temos de ganhar para as coisas, efectivamente, acontecerem. É, por isso, que acredito – sem qualquer dúvida – que, na vida, importa mais o percurso que o resultado final. Porque é no percurso que nos testamos, é no percurso que nos apercebemos da força daquilo que queremos, é no percurso que nos conhecemos e compreendemos até onde nos dispomos a ir. O resultado final é apenas a soma disso tudo, é apenas a recompensa das nossas lutas – quase sempre internas. É no percurso que nos fazemos: mais valentes, mais autênticos, mais corajosos.
 A vida tem-me ensinado que o que importa é ir. Ir de encontro ao coração. Se desistirmos, voltamos a recomeçar. Se cairmos, voltamos a levantar. Se nos magoarmos, curamos as feridas e continuamos a andar. Os verdadeiros caminhos da vida são, muitas vezes, aqueles que nos deixam nódoas negras, cicatrizes marcadas eternamente no nosso interior, lágrimas choradas, muitas vezes, de forma compulsiva. Se esses caminhos custam mais? Definitivamente! Mas valem mais, porque nos dão mais.
 Aprendi que esperar é um dom. Esperar que a vida faça o seu trabalho, esperar que a vida nos dê os buracos certos para cair, as pedras certas para tropeçar, as batalhas certas para lutar. Há um tempo certo, um momento certo. Um dia, nesta espera, haveremos de alcançar o resultado final e, nessa altura, iremos perceber que afinal, nas lutas da vida, o final é o que menos importa.