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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Pensamentos


Eu tenho a minha história, o destino que carrego nos meus ombros.
O passado de tudo o que já passei, as dores que me fizeram doer a alma, mas que me transformaram em tudo o que hoje sou.
 As gargalhadas que dei quando a vida me deixou sem respostas e as bofetadas que levei quando eu me quis rir da vida.
 As lágrimas que chorei pelas desilusões e as ilusões que carreguei sem querer ver a verdade da vida.
A minha história é só minha, são as linhas que desenhei no percurso sinuoso da minha existência.
 Os caminhos onde procurei a esperança e as encruzilhadas em que não soube escolher a melhor rota a seguir.
Durante anos caminhei por esses trilhos, deixei que o mundo me tratasse com queria.
 Tomei decisões erradas e errei em tantas ocasiões.
Não fui quem devia ser e deixei que me julgassem por quem não era.
 Fiz tantas asneiras e dei tantos passos errados, escrevi nas páginas que outros já tinham escrito e deixei tantas páginas em branco.
Talvez tenha deixado uma história a meio, por me faltar a coragem de lutar por aquilo que sou e não pelos ideais que o mundo me impunha.
 Por isso, deixei sonhos para trás e fui ultrapassada por sonhos que não fui capaz de segurar.
Foi assim que construí a minha história e sou quem sou por minha culpa e não por culpa de outros.
Tenho o que tenho porque não lutei por mais e faltam-me tantas coisas por não ter sabido arriscar no momento certo.
Mas, a vida diz-me que ainda é tempo, que há muita coisa que ainda posso fazer, muitas realidades que posso inverter.
Afinal a vida ainda está nas minhas mãos e sou eu quem a pode decidir, basta-me apenas ter força de vontade para me fazer renascer.....
 

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Há dias assim...


 

Há dias em que não sei se estou triste ou só cansada de fingir que não estou.
As pessoas confundem. 
Olham para mim e acham que sabem. 
Que porque continuo a andar, estou bem. 
Mas às vezes só continuo a andar porque parar parece ser mais perigoso.
Não me leem. veem o que querem ver.
Acham que porque não grito, estou em paz. 
Que porque respondo, estou disponível. 
Mas há dias em que só queria que o mundo se calasse. 
Que ninguém me pedisse nada. 
Nem um bom dia. 
Nem um sorriso.
Canso-me de explicar. 
De justificar o ar ausente, o olhar que foge, o corpo que se encolhe.
Não estou zangada, não estou chateada, não estou má, estou só… gasta. 
Gasta por dentro.
E não é drama. 
Não é falta de amor próprio.
É só aquilo que ninguém vê porque eu não deixo.
Porque aprendi a esconder antes de aprender a pedir ajuda.
Não quero que me entendam todos os dias.
Só quero que, de vez em quando, alguém me diga:
“Não tens de dizer nada, eu percebo.”
E que perceba mesmo. 
Sem precisar que eu rebente. 
Sem que o meu silencio precise de legenda.
É só isso…
Ser vista.
Mesmo quando me escondo.