Gosto
 de acreditar que nada acontece por acaso e não me lembro de alguma vez 
ter duvidado disso. 
Até hoje. 
Lembrei-me dos últimos meses e não consigo
 compreender o porquê de ele ter aparecido. 
De me ter feito escrever 
tanto e nunca passar disso mesmo - palavras. 
Não sei o que o destino me 
quis mostrar, não sei o que me quis ensinar, só consigo achar que este 
fado está de mal comigo. Cruel. 
A esfregar-me na cara apenas 
possibilidades. 
"Olha, já viste como seria giro? Pois mas não é para 
ti". 
Não o entendo...ao destino. E já desisti de o tentar fazer. 
Mas não
 foi justo, não foi mesmo, pois eu nunca pedi para o trazer para tão 
próximo de mim. 
E aqui continuo a aceitar as janelas que ele me abre e 
as portas que me fecha ao seu bom ritmo. A essas, às vezes até dou uma 
certa ajuda.
Depois
 apareceste tu. D de dúvida, D de desafio. 
Mas que pelo menos foi claro 
que servirias para me mudar o foco. 
Foi estranho, muito estranho mas 
estava a ter muita piada. 
Desta vez não há destino que eu culpe, soube logo à
 primeira gargalhada que nos estávamos a cruzar em momentos errados da 
vida. 
Mas enquanto durou, ou enquanto durar, para alguma coisa terá de 
servir. Disseste-me que nunca falo de mim, e quando eu quis fazê-lo não 
consegui.  Está cravado tanto na pele como na alma este silêncio e 
nunca foi por ter algo a esconder ou a esquecer. Só não acredito que 
serás a minha sorte e isso bloqueia-me. 
Perdia-a algures no passado e já
 só consigo ter sucesso no que depende só de mim. Tenho saudades. Da 
sorte, não de ti. 
E de algo que teima em não existir - contigo ou sem 
ti.
Disseram-se
 ontem que para uma pessoa especial é preciso uma especial e meia. 
Não 
acredito que mereça tanto. 
Já só queria ser realmente especial.
Olá:- Acreditar e depois...nada de especial.
ResponderEliminar.
…Como deve, ou pode, um jovem comunicar aos pais que é homossexual? …
Um post bestialmente bem escrito!
ResponderEliminarAmei!