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quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Sonhos e afins...


 Quando se viram pela primeira vez, corria um rio à frente deles. 
Entre o entusiasmo e a excitação, as mãos dela tremiam e o coração acelerava em cada batida. 
Ele cheirava a conforto e o seu sorriso era a personificação de paz. 
Ela nem conseguia olhar para ele. 
Queria tanto estar ali que nem sabia como agir. 
Ouviram juntos aquela água correr e o silêncio que os envolvia. 
Eram só eles ali. 
E ela desejou baixinho que fosse sempre assim... 
Só eles.
Olharam-se nos olhos, abraçaram-se e riram... 
Um do outro, um com o outro.
Voltaram àquele rio uma outra vez... 
Já sem o nervoso da primeira vez, mas com o mesmo entusiasmo. 
Ela gostava de o olhar discretamente. 
Gostava da forma como ria e de como tudo parecia fácil. 
Gostava de o admirar em silêncio ao mesmo tempo que o provocava. 
Ele tinha um ar de malandro quase poético que, de tão provocatório o tornava particularmente encantador. 
Tinham uma conexão mental inexplicável e uma leveza no trato que os fazia serem miúdos de novo. 
E de cada vez que se tocavam, havia uma química visceral difícil de controlar. Sabiam que se queriam.
O rio continua lá,a água continua a correr...
Ela agora senta sozinha na margem do rio... 
Com saudades dele.