A pensar
antes de falar, a filtrar...
Mesmo inconscientemente muitas vezes acabo por atingir
alguém só porque as palavras soltam-se.
Faz parte da minha espontaneidade mas tem que ser
refreada e ensinada.
Se há alturas que a resposta certa tem que estar pronta
há outras que não se perde nada no silêncio controlado.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Sou quase um primata...
Gosto de me isolar das tolices humanas.
Adoro ouvir o silêncio.
Até já me apelidaram de egocêntrica.
(Mal sabe quem o fez, que só me fecho para não me magoar)
Decidi que aqui já ninguém fere mais.
Querem brincar? Vão ao parque.
............
Mas no fundo sou uma amável confiável.
Dou o chão... mas também o tiro.
Agora só aceito os inteiros.
Gente que só se dá pela metade comigo não funciona.
Cansei de conviver com pavões humanos.
Egos muito grandes causam-me náuseas.
Amo o simples.
Cerco-me de poucas pessoas.
Sempre fui isolada dos outros
Sou uma chata que ama a verdade e a generosidade.
Pensem num animal esquisito mas inesquecível...
Eu!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Desde muito novinha que queria ser princesa, encontrar um príncipe, comprar um castelinho e... Happily Ever After.
Há uns anos percebi que ser princesa não encaixa no
meu perfil. Uma princesa não diz 'patacoadas', não ri às gargalhadas,
não bebe minis, não gosta de mão de vaca, não anda na rua até às 6 da
matina e definitivamente não fala de sexo (estou para descobrir se o
faz).
A minha
mãezinha, o meu paizinho e o nosso Sr Jesus O Cristo fizeram-me
diferente. Instalaram-me o programa Boc'Aberta que dá para comer, para
beber, para rir, para dizer cocó às postas ou para falar de sexo como se
eu fosse a Marta Crawford. E eu agradeço. E gosto de ser assim.
Já fui reservada, envergonhada e tímida e não era uma pessoa feliz.
Sim,
sou alvo de críticas. Sim, há quem não me grame. Sim, falam de mim nas
costas. Novidades? Isso tudo já acontecia quando eu era princesinha,
portanto o lema é: "falem mal, falem bem, mas falem", eu quero é ser
Feliz. E agora sou-o mais do que era antes.
Os
homens? Pois que essa raça, para casar, só gosta de princesas. Como eu
costumo dizer: Casam com as princesas e depois passam a noite no quarto
da empregada ;P
E eu, ou encontro um garino
que gosta de chamar os bois p'los nomes, ou então resigno-me ao estado
civil solteira, porque o Boc'Aberta é essencial ao meu funcionamento
diário e eu sem ele não aguento!
Jamais Salomé.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Como encaixar dois egos daquele tamanho, no mesmo espaço?
O mau feitio dela esbarrava no mau feitio dele.
E o
forte sentido de independência de ambos dificultava que encontrassem um terreno
comum onde ficar.
Quase dava para pensar que, paradoxalmente, uma pessoa tão
desligada precisaria de outra bem mais dependente.
Mas, e para mal dos seus
pecados, só as personalidades fortes a atraíam. Curiosamente, nunca discutiam.
Havia sempre um clima de disputa
latente e provocação recíproca, mas que nunca degenerara em nada que não fosse
brincadeira.
Só uns pequenos amuos aqui e ali, mas facilmente resolvidos.
Então
porque é que aquelas duas criaturas se repeliam tanto quanto se atraíam?
A
vontade de entrar no território um do outro era tão grande quanto o medo de o
fazer.
Mas de uma coisa tinham a certeza.
Se um dia o conseguissem...
tornar-se-iam indestrutíveis.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Geração das mulheres "inamoráveis"
Uma vez, num bar, ela disse-me: “Neste mundo existem pessoas ‘inamoráveis’, e eu sou uma delas”.
Aquilo
intrigou-me durante toda a noite… uma palavra fora do dicionário que
ela usava para se descrever, e porquê? Observei-a enquanto ela, tímida,
finalizava mais um copo de cerveja. Eu estava com ela havia quatro
horas, quatro horas onde conversamos sobre filosofia, arte, astrologia,
cinema e viagens… Quando ela se dirigia ao empregado de balcão, o bar
inteiro parava para vê-la… Tinha o seu carro, a sua casa e era do tipo
que não dependia de ninguém, então porquê pensar assim? Ter-se-ia ela
fechado para os relacionamentos?
Ela fez uma cara de entediada e
chamou-me para caminhar enquanto fumava um cigarro, até à saída sorriu e
cumprimentou toda a gente com aquele jeito danado de menina do mundo…
Aquilo tudo era muito pequeno e raso para ela, concluí eu.
Na
rua todos passavam apressados, ela divertia-se com os animais
abandonados, abaixou-se e entregou a sua garrafa de água para o morador
da rua, explicou o endereço de um bar em alemão para um estrangeiro
perdido que agradeceu com um sorriso, comprou chicletes de uma criança e
na minha cabeça só ecoava: “inamorável”…
Foram horas a observar
aquela mulher, até não me aguentar e voltar ao assunto… Eu queria
entender melhor, eu queria uma definição como num dicionário. Então ela
pegou na minha mão e puxou-me para um bar onde tocava uma banda de rock,
ficou em silêncio por longos 30 minutos a observar tudo, até que disse:
–
“Olha ao teu redor, estamos aqui já há algum tempo e durante esse tempo
passou por nós uma mulher a chorar porque o seu namorado terminou com
ela ontem e hoje já está com outra, pois ele acredita que pessoas são
substituíveis… naquela mesa estão 10 pessoas e elas não conversam entre
si porque estão nos seus smartphones. Talvez aquela mulher de vermelho
seja a mulher da vida do rapaz de azul, mas ele nunca saberá pois é
orgulhoso demais para tentar. Observa aquele rapaz de pólo no bar, é o
terceiro copo de martini que ele toma enquanto olha para aquela loira,
que por sua vez está a tentar chamar a atenção do vocalista que fingirá
que ela não existe por causa da ruiva e da morena que ele pega em dias
alternados, e ele não pode ficar mal perante as outras.
Olha ao
teu redor, não fazemos parte disso, não somos rasos. Não fazemos mesmo
parte disso! Entrámos sem telefone na mão, na expectativa de encontrar
pessoas simpáticas e interessantes, com conversas interessantes, com
relações reais e voltamos para casa sozinhos, somos invisíveis num mundo
de estatutos onde as pessoas não vão querer-te porque tu moras longe,
ou porque não gostam da tua cor de cabelo ou porque tu não curtes os
Beatles, acontece tudo tão rápido que as pessoas estão com preguiça de
fazer o mínimo de esforço para conhecer realmente alguém. Eu passo por
essa legião como um fantasma pois eles estão ocupados demais para ver
quem está ao redor enquanto procuram alguém no tinder.
E eu
importo-me? Não mais. Sou inamorável porque não me importo com nada
disso. Não me importo com nenhum desse estatuto, não me importo em
quanto tempo levo para conquistar a pessoa, se ela realmente vale a
pena, não me importo se terei que atravessar a cidade para vê-la quando
tiver saudades e não me importo se ela me presentear com um convite para
ir ver o show dos Scorpions porque é importante para ela mesmo eu
detestando a banda. Porque eu sou assim, e se antes era isto que
procurávamos em alguém, hoje em dia somos considerados inamoráveis por
mantermos o coração e a mente aberta.”
Naquele momento eu entendi-a, e apaixonei-me pelo mundo dela.
Texto de Akasha Lincourt
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Aviso ao machame cá da terrinha
É irritavelmente inestético,
horrorosamente foleiro
e verdadeiramente nojento,
logo, é expressamente proibido:
Palitar dentes em público
e/ou
manter o palito ao canto da boca
Seja porque deixaram de fumar,
seja porque não sabem o que fazer com a língua
(sei de mil e uma coisas bem mais agradáveis),
seja porque não têm onde pôr o palito depois do serviço paliteiro....
Não há desculpas, não há razões e não há abébias.
Palitos ao canto da boca são absolutamente desnecessários e sinceramente muito nojento.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Dizem que as mulheres não se vestem para os outros, vestem-se para elas mesmas.
E não maioria dos dias acredito que seja verdade.
Mas falemos das excepções.
Daquelas em que precisamos do dobro do tempo para nos arranjarmos, das que nos fazem ajoelhar perante o roupeiro e lamentar não ter nada que vestir - completamente cegas a tanto trapo.
Essas excepções são o problema - quando nos vestimos para os outros, pior ainda, quando os outros têm um nome e um número de telefone. Independentemente da importância que lhe damos, a partir do momento em que o alvo não é apenas o nosso espelho, a coisa complica-se.
São os primeiros sintomas de uma nova interacção, quando pela primeira vez tentamos conjugar o nosso gosto com o gosto de outro alguém.
Não é fácil, de todo...
E de repente, questiono-me para quem realmente eu gostaria de me vestir?!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Subscrever:
Mensagens (Atom)