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sexta-feira, 22 de outubro de 2021


 Há pessoas que, pura e simplesmente, não te tratam bem. E o não tratar bem inclui todas aquelas coisas que te tiram a paz, que não promovem o teu sorriso. Esperar que alguém te dê os mínimos é o mesmo que pedir para te pisarem. Os mínimos são exactamente isso, os mínimos, o menos que alguém te pode dar e se ainda assim, tens que o pedir, não fiques.
Arranjamos sempre desculpas para justificar as migalhas, mas no íntimo, sabemos que não é justo e está longe de ser bonito. Temos que aprender a parar de romantizar o "poucochinho". Se sabem o teu número, onde e como te encontrar, se és sempre tu que inicias as conversas e o outro apenas se limita a responder, se tudo o que acontece nunca é nos teus termos, se deixas a vida em suspenso à espera de quem não vem, não é para ti. Tens que parar de alimentar unilateralidades e de justificar o que não tem justificação.
Sei bem que há uma linha muito ténue entre a esperança e o desassossego e, quase sempre, a esperança desvanece e dá lugar ao sofrimento. Salta fora antes que essa linha se parta.
Há mil oportunidades lá fora, mil formas de fazer diferente e mil pessoas que dariam tudo para ser precisamente o inverso daquilo a que te sujeitaste. Não te apegues a dúvidas e a ausências. Não queiras as sobras da vida de alguém. Mereces mais e queres mais, por todas as vezes que tentaste, que ficaste, por todas as vezes que deste tudo e mesmo assim não bastou.
Quem te quer faz-te saber e faz-te, principalmente, sentir. Quem realmente te quer, nunca te vai dar os mínimos... Vai cumprir com os máximos e ainda assim, sentir que é pouco.

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