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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014




Acho que já vos tinha falado que frequento um gym aqui na “aldeia”. Mas ainda não vos contei que tenho um mentor a tender para o desgraçado-do-homem-que-tem-um-sorriso-capaz-de-nos-fazer-dizer-sim-a-tudo. À parte de ser familiar da personagem de outras histórias, e da qual já me habituei à sua presença (canalha!), o certo é que tem um sentido de humor parvamente divertido e, verdade seja dita, tem jeito para aquilo.
Na última aula lá fui conversar com ele para tirar uma dúvida acerca dos exercícios. Ainda eu não tinha chegada à questão fulcral e já ele me estava a fazer o diagnóstico. Vendo-lhe alegria nos olhos (de quem gosta realmente do que faz, leia-se) deixei-o continuar. Ou era a minha omoplata, ou o meu peito, ou a minha postura... o que ele estava para ali a dizer concretamente, não sei. (Perdoem-me, mas quem vos fala é alguém comprometida com números, não com bíceps e tríceps.) Porém, parecia ter razão. Arriscando a levar um safanão, levou a coisa a um nível físico e, quando dei por mim, todo ele era mãos. Mão na cintura, mão na omoplata, mão nos ombros, tudo meramente profissional, daí a minha compreensão. Terminada a lição anatómica do dia, e exultando de alegria por ver a classe a assistir a tudo, voltei ao modo atleta-meramente-interessada-no-desporto e fui à minha vidinha.
Mas cá entre nós, tivesse ele me diagnosticado alguma doença terminal e eu continuaria a sorrir e a dizer que sim.


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