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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014



Tenho que me desintoxicar. De todos eles ou simplesmente da sede de viver algo que não existe. Deixar de procurar, deixar de esperar, deixar de não querer estar sozinha e mentalizar-me de que é exatamente assim que estou. Mas há um medo que me aterroriza. Não é aquele tão vulgar de achar que pode dar errado, honestamente, não minto quando digo que prefiro que dê errado do que não dê em nada. Pior. Medo de no fundo saber que nenhum deles vale o esforço e ainda assim aterrorizar-me o facto de poder estar a perder por não tentar mais, por ser dura, por receio de cair no ridículo, por seguir algo que ultrapassa a racionalidade mas não chega a ser coração.
Por vezes gostava de não ter consciência. Poupava algumas lágrimas, desassossegos e nela já não caberiam todos eles.
Eles, o problema é sempre eles. E nem tão pouco posso dizer que é amor. Chamo-lhes de pendentes para não ter de me esforçar a pensar mais e talvez assim impedir-me de sentir alguma coisa. Históricas inacabadas. Porém, quando, aparentemente, não se tem nada a perder é muito fácil acreditar que é sempre melhor viver alguma coisa. Sentir-me viva mas, ao mesmo tempo, demasiadamente cansada. 
Tenho que me desintoxicar. É esta a verdade dura e crua, só não sei por onde começar. 

E agora, vou só ali fazer asneira e já volto.


4 comentários:

  1. Há por ai um livro do Miguel Esteves Cardoso "O Amor é Fodido".
    Não o li, mas tem um título apelativo... para esse estado. :)

    E no "entretanto" procura encontrar-te a ti mesma.
    Abraço apertado com energia !

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  2. Às vezes apetece tanto fazer asneiras! Será que serão mesmo asneiras?!

    Beijinhos*

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  3. Chá de frutos vermelhos, dizem que é bom para desintoxicar ;)

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  4. Vai desde que venhas com a alma lavada, boa?

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