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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Estou a ficar velha...





Dizem que, a uma certa idade, nós as mulheres nos tornamos invisíveis.
Que nossa actuação na cena da vida diminui, e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.
Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser.
Porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
Descobri que não sou uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte.
Com suas misérias e suas grandezas.
Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros.
E apesar disso…
Gostar de mim
Quando me olho no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou…
Alegro-me do caminho andado, assumo as minhas contradições.
Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas já é tempo de deixá-la de lado porque agora me atrapalha.
O seu mundo de ilusões e fantasias já não me interessam mais.
É bom viver sem ter tantas obrigações.
Que bom não sentir o desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.

12 comentários:

  1. Em suma. Sente-se naquilo que é. Uma mulher!
    E que Mulher! Abençoada seja!
    Muitos parabéns.

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  2. Estás nada a ficar velha, estás a ficar sábia ;)))

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  3. O que se perde na idade, ganha-se na sapiência da vida.
    E essa sapiência diz-nos que não existe nada melhor na vida que é...nós gostarmos de nós mesmos.

    Gostei muito do tema.
    .
    Deixo cumprimentos

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    1. Concordo! Aprendemos a gostar da pessoa que somos.
      Cumprimentos retribuídos.

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  4. No meu antigo blog chamado Integral de Mim, eu pus um poema de uma poeta brasileira chamada Lya Luft.... chama-se Canção da Plenitude...

    Canção na plenitude

    Não tenho mais os olhos de menina
    nem corpo adolescente, e a pele
    translúcida há muito se manchou.
    Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
    agrandada pelos anos e o peso dos fardos
    bons ou ruins.
    (Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

    O que te posso dar é mais que tudo
    o que perdi: dou-te os meus ganhos.
    A maturidade que consegue rir
    quando em outros tempos choraria,
    busca te agradar
    quando antigamente quereria
    apenas ser amada.
    Posso dar-te muito mais do que beleza
    e juventude agora: esses dourados anos
    me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
    e não menos ardor, a entender-te
    se precisas, a aguardar-te quando vais,
    a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
    e sobretudo força — que vem do aprendizado.
    Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
    cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
    cujas correntes ocultas não levam destroços
    mas o sonho interminável das sereias.


    Mas isso, naturalmente, não se aplica a ti ó doce marroquina!
    Como disse a Madame Q (lembra-se como eu a chamava assim???) estás cada dia mais linda, mais bela, mais interessante e mais sábia.

    Beijos PDR

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    1. Vejam só... quem é vivo sempre aparece... Bem vindo de novo PDR.
      Sempre um gentleman... beijos

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  5. OLha só para esta jeitosa?
    velha? foi isso que disseste?
    li bem?
    estás é no ponto Queen.
    a idade traz muita coisa boa!

    beijito

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    1. Não sei em que ponto estou, mas aceito como um elogio :)

      kiss

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  6. Invisíveis? Naaaaa, eu acho que a certa altura algumas pessoas aprendem a ser mais discretas e sensatas, crescem um bocado ;)

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    1. E se eu cresci... cheguei a 1.72 :P de pura loucura...
      beijinho meu menino

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