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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Sou mais dada a silêncios…





O chacoalhar constante de certas frases nos meus ouvidos deixa-me perto da demência.
Gosto do que não se precisa dizer, do óbvio, de frases curtas, de pessoas constantes.
Não gosto que me tentem manipular com frases feitas, clichês ultrapassados, ou ameaças vãs.
Gosto de pessoas que falam com sorrisos, olhares intensos, e gestos mudos.
Não gosto da falsidade que se esconde por trás de grandes discursos previamente estudados.
Gosto do improviso, das palavras oportunas, do aconchego de uma tertúlia.
Não gosto de gritos e gestos agressivos.
Gosto de letras soletradas em tardes calmas.
Não gosto que invadam o meu espaço com conversas arrogantes e citações descabidas.
Gosto da simplicidade das gentes da aldeia, da sabedoria dos mais velhos, gosto de tudo aquilo que não se aprende nos livros.
Não gosto de pessoas mornas, aquelas que nem sequer têm capacidade de me fazer odiá-las ou amá-las.
Gosto de gente com atitude, que arrisca, mesmo fazendo asneiras demonstram que têm coragem.
Gosto de serões à lareira, chocolate quente, e manta polar.
Não gosto de bares apinhados, de flirts supérfluos, e madrugadas na rua.
Não gosto de pessoas que falam demais.
Irritam-me!...



2 comentários:

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