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terça-feira, 6 de maio de 2025

Dicas...


 

Podes invadir o meu espaço, ou até podes chegar delicadamente, mas não tão devagar que me faças dormir.
Nunca grites comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.
Normalmente acordo de bom humor, mas deixa-me ao menos escovar os dentes...
Toca-me nos cabelos e mente-me sobre a minha estrondosa beleza.
Espero que tenhas vida própria, e que me faças sentir saudades.
Faz-me rir, mas não me contes piadas preconceituosas, detesto!
Espero que viajes muito antes de me conhecer, que já tenhas sofrido, para reconheceres em mim um porto de abrigo.
Acredita nas verdades que digo, e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Se eu estiver triste respeita o meu choro, volta só quando eu te chamar, e não me obedeças sempre, ás vezes gosto de ser contrariada. 
(Então fica comigo quando eu chorar, combinado?)
Espero que sejas mais forte que eu e menos altruísta!
Não te vistas sempre bem, gosto de camisas por fora das calças, gosto de ver braços, pernas e pescoço a descoberto.
Espero que gostes de ler e escolhas os teus próprios livros, que ames a noite sem te escravizares nela.
Não quero que sejas meu pai, nem meu filho, escolhe um papel para ti que ainda não tenha sido preenchido.
Enlouquece-me nem que seja uma vez por mês.
Que gostes de música e de sexo.
Não inventes de ter filhos, de me levar à missa, ou de me apresentar a toda a gente... veremos depois.
Deixa-me conduzir o teu carro que tanto gostas, quero ver-te nervoso, inquieto...
Olha para as mulheres bonitas, sai com os teus amigos, façam  e digam disparates juntos.
Não me contes os teus segredos, faz-me massagens nas costas... não fumes, não bebas em excesso.
Chora quando tiveres vontade, prometo secar-te as lágrimas.
Mas se nada disto funcionar... experimenta amar-me!


segunda-feira, 28 de abril de 2025

Talvez eu queira que ele saiba que eu tenho medo.



Gosto da forma como ele me contraria.
Gosto e ele não sabe que eu gosto.
E eu contrario-o e ele surpreende-me.
Às vezes tenho medo, mas ele não sabe.
Habituei-me a ser selvagem.
Os selvagens não têm medo, pois não?
Sabem defender-se.
E eu defendo-me atacando.
Assim ninguém sabe que tenho medo e fogem antes de perceberem.
Eu não quero que ele fuja.
E não quero que ele me deixe fugir.
Talvez eu queira que ele saiba que tenho medo.
Às vezes não lhe digo o que sinto para não me sentir nua.
Não estou habituada a sentir-me nua por dentro… fico com frio na alma.
Será que também isso é medo?
E tento esconder-me sorrateiramente atrás da minha muralha, mas ele sabe onde me escondo… e mima-me sem reservas… e contraria-me mais uma vez deitando-se sobre o muro que construi em mim e retirando pedra por pedra… pacientemente… apaixonadamente… é assim que ele me trata… contrariando a única forma de vida que conheço… o meu modo de sobrevivência…
Às vezes eu tenho medo, mas ele não sabe.
Talvez eu queira que ele saiba.

 

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Paris...



Da minha janela eternizei parte da minha vida... Paris para sempre!



 Cada vez que volto a "casa" é como se abrisse a janela da minha infância e tivesse do dom de voltar no tempo... 

Aqui fui feliz, nesta rua... estas árvores contam histórias de mim que mais ninguém conhece... 
Mas a vida é feita do presente, do passado já ninguém quer saber... por isso é sempre bom voltar a Paris, mas é sempre melhor regressar a Portugal.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Fui teu tudo…, mas tu foste meu nada.


Dei-te o meu corpo, a minha alma, o meu sorriso e o meu abrigo.
Tu retribuíste com silencio, desprezo e mentiras.
Enquanto eu sonhava com o nosso futuro, tu vivias enganando-me.
Enquanto eu lutava por nós, tu lutavas contra mim.
Nem sei quantas vezes silenciei a minha dor só para não te perder.
Quantas vezes engoli o meu orgulho só para que ficasses comigo.
Mas tu já tinhas partido… só o teu corpo estava presente.
Porque a tua mente vagava em outras camas, outros corpos, outras histórias…
Fui intensa quando devia ser cautelosa…
Fui farol para quem nem sombra merecia.
Fui luz para a tua escuridão, mas tu apagaste a minha chama.
Hoje não te quero de volta!
Nem com pedidos, nem com lágrimas, nem com promessas recicladas.
Perdeste-me naquele dia… sabes? 
Aquele em que fizeste do meu amor um capacho.
No dia em que o meu choro se converteu em música de fundo para o teu descaso.
Não sou mais o teu porto seguro nem a tua última opção.
Não me procures no teu desespero, porque já me perdi de ti.
Hoje sinto-me inteira. Sem rachaduras tuas.
E se a saudade bater à minha porta, deixo-a ficar do lado de fora.
Porque a minha casa agora é só para quem sabe amar… e tu não sabes!


 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Coisas minhas...


 

Quando me perguntam como estou, a minha resposta é sempre. 
"BEM"
É mais fácil do que explicar a tempestade que existe dentro de mim.
Quando me perguntam: o que tens? a resposta é 
"NADA"
Porque explicar o que sinto torna a dor mais real.
Quando me perguntam se preciso de algo...
A resposta é sempre: 
"NÃO"
Porque admitir que preciso de alguma coisa faz-me lembrar o quanto só eu me sinto.
Porque às vezes o silêncio é mais confortável que a verdade.
Às  vezes é mais fácil fingir que está tudo bem do que tentar explicar o que nem eu entendo.
Não sei quando aprendi a fingir tao bem... 
Mas... sinceramente, queria esquecer como isso se faz.  


sexta-feira, 28 de março de 2025

Hoje é sem foto...

Gostar é ter pressa para chegar a casa, é desistir de sair porque começou a chover, é deixar para depois o que poderia ser feito hoje. 
Amar é sofrer por cada segundo que passa, é não ver o tempo passar e na hora de ir embora, lamentar: mas já?
Amar é sair debaixo de chuva, se preciso for, ou inventar um desses programas com edredons, filmes e carinhos, é aprender com o passado, viver o presente e se importar com o futuro.
Gostar é beijar e não perder a noção do tempo nem do espaço. 
É saber muito bem onde se está e de vez em quando, abrir os olhos para conferir o mundo à volta. 
Amar é permitir ser sequestrado por um beijo, é viajar na velocidade da luz, é sentir que está perdido e não fazer esforço algum para tentar se encontrar. 
Amar é quando o beijo te deixa atordoado, sem fôlego e sentindo-te especial. 
Gostar é quando o beijo tem começo, tem fim, mas não tem história, é quando tu sentes que és apenas mais um.
Quando não existe amor, o relacionamento pode ser bom, mas não deixa de ser só atracção. 
Amar é ter uma ligação que vai além da carne, é uma junção de almas. 
Gostar é ter vergonha de expor os seus defeitos, é esconder os erros debaixo do tapete, é tentar mostrar que é sempre perfeito, mas por trás, sabe que não está sendo verdadeiro.
Amar é não ter vergonha dos seus defeitos, é exibi-los sem receio, é deixar bem claro que está longe de ser alguém perfeito, mas que jamais faria algo que magoasse o outro.
Gostar é dormir junto, mas levantar cedo no outro dia para outros compromissos. 
Amar é abrir mão da sua rotina é querer ficar até a outra vida. 
Gostar é ver as qualidades, mas perceber os poucos defeitos. 
Gostar é dar as mãos, mas ainda assim não se sentir seguro. 
É seguir com alguém, mas carregar aquela leve impressão de que não vai dar em nada. 

Gostar é  prender-se ao outro. 
Amar é escolher ficar mesmo com tantas opções para fugir.

Gostar é prometer, 
Amar é surpreender. 
Gostar é falar, falar, falar...
Amar é agir.
 Gostar évou ver e qualquer coisa eu ligo’, 
Amar é " liguei-te para dizer que estou a caminho”. 
Gostar é pensar: ”Eu espero que ela/e  me envie uma mensagem, ou envio eu?”, 
Amar é aparecer, comparecer, é dizer o que o coração sussurra. 
Gostar é preferir calar e falar só o que a mente deseja. 
Gostar é querer estar sempre certo. 
Amar é aceitar que nem sempre estás certo. 
Amar é ceder, é não ter vergonha de demonstrar afecto. 

terça-feira, 25 de março de 2025

Coisas do coraçao


 

O coração tem quatro cavidades.
A primeira é só tua, para a tua vida e as tuas coisas.
A segunda é para a família, os filhos, os amigos que são como irmãos.
A terceira é para as coisas leves, os disparates que te apetecer fazer, e a quarta é para o que tu quiseres.
Pode ser para mim, se ambos assim decidirmos.
Mas tens de pensar bem nisto e ter a certeza, porque está tudo a ser tão bom que há pouca margem para equívocos, percebes o que te estou a dizer, não percebes?

sexta-feira, 21 de março de 2025

Sorrisos...


                                                            "Creio que foi o sorriso.

Sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz lá dentro,
apetecia entrar nele
tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.


 
                                   (Eugénio de Andrade)

segunda-feira, 17 de março de 2025

Quem sou eu?


Sou a filha que cresceu sem dar trabalho, que
aprendeu cedo a sufocar suas dores para não
pesar nas costas de ninguém.
Sou a menina que nunca reclamava, que sempre se esforçou para ser o que esperavam dela, não por medo de decepcionar, mas porque acreditava que talvez, ao ser boa o suficiente, alguém a olharia com o cuidado que ela tanto desejava.
Sou a irmã bruta, a que parecia forte, a que
sempre a protegeu, mesmo
quando sua força era apenas uma máscara.
Sempre pronta para resolver problemas, para 
oferecer um ombro, para ser aquela em quem
podiam confiar...
Mas quem cuidava de mim quando eu me sentia desmoronar por dentro?
Sou a menina que aprendeu cedo demais a se
curar sozinha, não porque queria, mas porque
teve que aprender.
Porque o mundo parecia sempre ocupado demais para ver que, por trás da força, existia uma alma cansada, com feridas abertas e um desejo simples: ser cuidada.
No fundo, nunca quis ser a mais forte, eu só
queria, por um momento, largar o peso do
mundo que carrego nas costas e ser acolhida.
Queria que alguém me dissesse: 
“Não precisas ser forte sempre.”
Queria que alguém visse as minhas lágrimas, mesmo quando eu tentava escondê-las.
Por muito tempo,perguntei: 
Será que é tão difícil ver que, por trás da fachada de
quem resolve tudo, existe uma pessoa frágil?
Será que pedir para ser cuidada é demais?
Hoje, escrevo esta carta não por rancor,
mas por um cansaço que transborda.
É uma tentativa de gritar o que sempre guardei no silêncio., porque, por mais que eu saiba me curar sozinha, sempre haverá uma parte de
mim que anseia por alguém que diga: 
“Hoje vou cuidar de ti.”
Mesmo que esse dia nunca chegue, ao menos aqui, nessas palavras, minha dor encontra sua voz.
Com toda a fragilidade que sempre escondi,
A menina que só queria ser cuidada.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Sobre ela...


 Nunca ninguém vai saber de tudo! 
Ensinara-lhe a vida a guardar dentro de si a verdade dos seus dias.
Avessa a vidas e a pessoas perfeitas. 
Ela é a personificação de regras que foram feitas para serem quebradas e de que a vida é feita de solavancos.
Aprendeu a rir de si e com os outros. 
Aprendeu a ser para os outros. 
Mesmo quando não está lá ninguém. 
E, tantas vezes, lhe faltaram. 
Ela, sabe de onde vem e para onde quer ir. 
Eterna sonhadora e desesperada resiliente.
Pinta os lábios que lhe disfarça sorriso, às vezes, parco. 
Veste-se de cor para se lembrar que nem todos os dias são cinzentos. Apaixonada por pessoas bonitas... por dentro. 
Apaixonada por gente de bem e que pratica o bem.
Sobre ela...?
Ninguém sabe o que lhe vai na alma. 
Aprendeu a calar, porque de todas as vezes em que pôs o coração cá fora, sugaram-na. 
Aprendeu a gostar de silêncios e a ser com ela. 
Fala sozinha tudo aquilo que gostava de poder dizer em alta voz. 
Não é certo nem errado, é a sua forma de se proteger. 
Não precisa da aprovação dos outros para viver. 
Não quer saber. 
Ela não é os outros... 
E os outros, não sabem e nunca saberão tudo sobre ela.

terça-feira, 11 de março de 2025

Se eu ainda sonhasse seria mais ou menos assim...


 

Gosto do cheiro que fica na pele depois do toque. 
Gosto dos resquícios de perfume que pairam no ar. 
Gosto daquele toque subtil, onde o meu nariz se cruza com o teu pescoço numa dança de desejos, onde ambos cheiramos a saudade. 
Gosto do "fica mais um pouco" misturado com o "ainda não foste e já te sinto a falta." 
E gosto ainda mais do "tenho de te ver!"
Gosto de contar os dias para estarmos juntos e gosto de te sonhar no meu dia a dia. 
Gosto das tuas mãos que me agarram pela cintura e gosto de ouvir a tua respiração no meu ouvido. 
Gosto de fazer planos acordada como se fosse viver dos sonhos que alimento e gosto de te observar em silêncio, sem que tu imagines tudo o que me passa pela cabeça. 
Gosto de me aninhar no teu peito, enquanto sinto os teus dedos vaguear por entre os meus fios de cabelo.
Gosto do jogo de luzes e sombras que te estampam o rosto pela noite dentro e gosto de imaginar de que cores são feitas as tuas vontades. 
Gosto de te ouvir falar de como foi duro o dia e de como estavas ansioso por voltar ao abraço-casa. 
Gosto desse cheiro a vida, desse pulsar à flor da pele... 
Sabes a conforto, cheiras a paixão... cheiras a problemas, daqueles que a gente deixa para resolver depois...

quarta-feira, 5 de março de 2025

Amores impossiveis.


 

Os amores impossíveis carregam uma beleza única, quase poética, que parecem existir entre o sonho e a realidade
Eles são como as estrelas, distantes e intocáveis, mas sempre brilhando, bem lá no fundo do peito.
Esses amores ensinam-nos o que é sentir com intensidade, mesmo quando a lógica nos pede que recuemos, mesmo que a vida nos apresente motivos para os deixar ir…
Eles ficam ali, como um segredo silencioso, pulsando a cada lembrança, em cada “e se” que nunca se concretizou.
Há algo de eterno nos amores impossíveis.
Não porque durem, mas porque nunca terminam de verdade.
São feitos de momentos não vividos, de palavras que ficaram presas na garganta e de caminhos que nunca se cruzaram.
E, mesmo com toda a dor que nos trazem, transformam-nos.
Porque no fundo os amores impossíveis não são sobre quem não ficou… 
mas sobre o que descobrimos sobre nós mesmos ao amar tanto, tão profundamente sem nunca alcançar o fim…

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Frente a frente com quem fui...


 

Hoje, sentei-me à mesa de um café qualquer, esperando por alguém que já fui.
Ela chegou dez minutos atrasada…como sempre. 
Enquanto eu, pontual, observava o tempo passar com uma estranha mistura de nostalgia e melancolia.
Quando ela entrou, vi nos seus olhos um brilho que já não reconheço em mim. Ela ainda sonha alto, ainda acredita que algumas pessoas ficarão para sempre. Vive com pressa, mas nem sabe exatamente para onde quer ir. 
Neste momento quis avisá-la de tantas coisas, mas, ao mesmo tempo, não quis arrancar-lhe a inocência que um dia me fez continuar.
Ela sentou-se à minha frente, curiosa, desconfiada e sorriu com aquele jeito de quem acha que tem tudo sob controle.
Olhei-a com tristeza e quis dizer-lhe: 
"Ainda não sabes, mas vais chorar por quem nem se importa contigo. Vais  perder-te em noites solitárias, tentando entender onde erraste. Vais duvidar da tua própria força, vais  sentir-te pequena e invisível."
Mas em vez disso, segurei-a pelas mãos e sussurrei: 
"Vai doer, mas sobreviverás. Irás aprender que não precisamos implorar por amor. Vais descobrir que algumas partidas são livramentos, que a solidão nem sempre é um castigo, mas uma oportunidade para te encontrares. Entenderás que ser forte não significa não chorar, e que ser feliz não significa não ter cicatrizes."
Ela  olhou-me como se quisesse perguntar algo, mas não conseguiu. 
Talvez tenha sentido no meu olhar a saudade do que fomos e a dor do que nos tornamos.
O tempo passou rápido, e ela, ainda apressada, disse que precisava ir. 
Como sempre, estava correndo atrás de algo que nem sabia o que era. 
Eu observei-a a afastar-se, e, por um instante, quis chamá-la de volta. 
Quis dizer-lhe que um dia, ela vai chegar na hora certa, no momento certo, na vida certa. 
Mas deixei que ela fosse, porque aprendi que cada um tem seu próprio tempo para entender a vida.
Ela foi embora. Mas parte dela ficou em mim.
E, enquanto o café esfriava, percebi que talvez eu também não tenha chegado no horário certo.
Mas cheguei no meu próprio tempo…

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Indecisões...


                                               "Quando é que combinamos alguma coisa?"

"Queres ir beber um cafezinho?"
"Vamos sair?"

As solicitações repetem-se. De diferentes caras. De diferentes números no visor do telefone. De diferentes nomes. Alguns convites, vá. Não sejamos convencidas, que isso de poder mostrar que se tem uma forte auto-estima, sem parecer mal, é exclusivo do sexo masculino (leia-se com um forte tom irónico). Adiante. São, pelo menos, convites e solicitações suficientes para poder escolher! ......se tivesse vontade, claro. Mas há uma dormência, um desinteresse e um desencanto em mim que me prende. Que me enfastia e me faz querer fugir. Não há, obviamente, nada de errado com os cavalheiros que pedem um pouco da minha atenção. Absolutamente nada de errado. O problema reside em mim. Tenho nos olhos um filtro que tudo (quase tudo...) me faz parecer banal. Tenho no corpo marcas de um fogo improvável de superar. Não há nada de errado com os outros. Sou eu. E eu, sei da minha maleita mas não sei o que fazer comigo. 
O tempo, talvez. 
Talvez esse saiba. 
Talvez esse ajude....

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Quem me conhece sabe...


 

...que não sou de intrigas, gosto de estar no meu canto e não me meto com ninguém.

Quem me conhece sabe que me dou por inteira a quem merecer a minha amizade.

Quem me conhece sabe que sou honesta, verdadeira, sincera.

Quem me conhece sabe que divido o que tenho com quem precisa, sabe que não posso ver ninguém com fome, sabe que já chorei por não poder ajudar mais.

Quem me conhece sabe que nunca trairia um amigo(a), nem por toda a fortuna do mundo.

Quem me conhece sabe que não gosto de promessas que não podem cumprir, por isso nunca prometo nada, mas normalmente cumpro.

Quem me conhece sabe que sou lamechas, que qualquer filme rasca me faz chorar.

Quem me conhece sabe que adoro brincar, que sou meio palhaça e que isso me faz feliz.

Quem me conhece sabe que não perdoo uma traição.

Quem me conhece sabe que gosto de conversar, que falo até demais, mas que também posso ficar horas em silêncio, sem que isso queira dizer que não me importo.

Quem me conhece sabe que eu me importo.

Quem me conhece sabe que já não tenho pais e que choro todos os dias por eles.

Quem me conhece sabe que sou frontal, que digo o que penso mesmo que isso me traga dissabores.

Quem me conhece descobre-me pelos olhos.

Quem me conhece sabe que detesto carne e adoro peixe.

Quem me conhece sabe que gosto do vermelho, que o verde me irrita e o azul dá-me náuseas.

Quem me conhece sabe disto tudo.

Tu…

Tu não me conheces!...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

COISAS MINHAS...


 

Se me perguntarem por ti vou dizer-lhes que estás bem, vou mentir-lhes e dizer-lhes que já não te sinto a falta.
Vou pôr o meu melhor sorriso e fingir que passo bem sem ti.
Porque passo.
Mas não quero.
E se me perguntarem quando foi a última vez que falei contigo, vou dizer-lhes que foi ontem, pois a última vez permanece intacta em mim como se tivesse acabado de acontecer.
E se o meu coração me atraiçoar no meio das perguntas, vou dizer-lhes que a saudade tem destas coisas que tolhem, mas não matam.
E vou convence-los de que é melhor assim, tu aí e eu aqui, vou acreditar nisso com tanta força que, no final estarei convencida disso também.
E, agora que ninguém nos ouve, tenho saudades tuas…
Como sempre…
Apenas deixei de to dizer.
Mas sinto.
E gosto de ti.
Como sempre…