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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014




Existem pessoas que aparecem na nossa vida e nós nem sabemos muito bem porquê. Existem pessoas que desaparecem da nossa vida sem nós nunca sabermos muito bem porquê. Nestes "entretantos" existem as outras pessoas. As que nos telefonam todos os dias só para saber se estamos bem, as que nos gritam ao telefone verdades duras que precisamos de ouvir, as que dão um abraço sem ser preciso pedir, as que choram quando nos vêm chorar, as que dançam ao nosso lado até de madrugada, as que nos deixam os filhos nos braços sem medo, as que soltam gargalhadas quando dizemos disparates, as que riem de nos verem sorrir, as que eram capazes de bater em quem nos fizesse mal, as que nos levantam a voz quando estamos a desatinar, as que nos levam para casa, nos seguram na cabeça e nos deitam na cama, as que nos fazem o almoço, ou o jantar e estão ali sem perguntar, as que nos elogiam, as que nos pedem conselhos, as que nos ouvem e ouvem e ouvem e ouvem e nunca mostram enfado, as que não concordam connosco mas não nos viram as costas, as que estão longe, mas conseguem estar tão perto, as que nos tiram de casa porque sabem que é só isso que é preciso, as que nos aparecem à porta com uma garrafa de vinho, as que nos enviam textos, vídeos e imagens só porque sim, as que nos levam a passear, as que nos convidam para estar, não importa onde, nem quando, as que nos amam incondicionalmente, estejamos magras, gordas, deprimidas ou alegres, a trabalhar ou desempregadas, com dilemas ou bem resolvidas, capazes de dar ou egoístas, borradas de rímel, doentes com varicela ou vestidas de festa para arrasar. As que nos amam pelo que somos, mas principalmente porque acreditam na pessoa que ainda vamos ser. E essas pessoas andam aí. E são pessoas assim que eu tenho e quero ao pé de mim.

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